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Lusa
Lisboa, 14 nov
(Lusa) – O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, acusou hoje o Governo de
Pedro Passos Coelho de não acreditar nas propostas que apresenta, considerando
que é preciso “mudar de política” para resolver os problemas do país.
“O objetivo desta
greve geral é exigir respostas aos problemas dos portugueses e uma das
respostas prioritárias é a mudança de política”, disse o dirigente sindical, hoje
à noite junto ao piquete de greve dos trabalhadores do Metropolitano de Lisboa,
na praça Marquês de Pombal.
Para Arménio
Carlos, “já se provou que o Governo já não acredita naquilo que apresenta,
porque sabe 'a priori' que vai apresentar um documento que não vai conseguir
respeitar, porque não corresponde à realidade do País”.
Questionado sobre o
significado da convocatória simultânea de greves em países europeus, Arménio
Carlos respondeu: “Os portugueses estão descontentes porque têm razões para
estarem descontentes, os espanhóis também, os gregos também, os italianos
também e os franceses estão cada vez mais descontentes. Os povos estão a dizer
‘basta’ a esta política de austeridade e empobrecimento”.
A greve geral de
hoje foi convocada pela CGTP em protesto contra o agravamento das políticas de
austeridade e em defesa de políticas alternativas que favoreçam o crescimento
económico. O protesto conta ainda com a adesão de 28 sindicatos independentes,
bem como com a participação de cerca de 30 sindicatos da UGT, embora esta
estrutura se tenha demarcado da greve geral.
A Confederação
Europeia de Sindicatos convocou uma Jornada de Luta Europeia para hoje num
protesto contra as medidas de austeridade em vários países da Europa,
prevendo-se protestos também noutros países europeus, como Espanha e Grécia.
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