Conselho de
Coordenação dos Direitos Humanos exige explicações sobre desparecimentos de
activistas Alves Kamulingue e Isaías Cassule
O Conselho de
Coordenação dos Direitos Humanos (CCDH) considerou Segunda-feira em Luanda que
os casos de violação dos direitos fundamentais dos cidadãos constituem um
obstáculo, para a consolidação da democracia e da paz em Angola.
O coordenador adjunto do CCDH, Lauriano Paulo fez esta afirmação quando
apresentava publicamente o balanço dos encontros mantidos com as instituições
do executivo angolano, nomeadamente a presidência da república, a
provedoria, e ainda os ministérios da justiça e do Interior a quem apresentou
as seguintes inquietações.
"Supostas mortes de cidadãos no Cacuaco, agressões a cidadãos presos na
cadeia de Viana, a corrupção, as demolições de casas e deslocamento forcados de
famílias" são algumas das violações mencionadas pelo conselho
O CCDH instou o executivo a explicar onde andam os dois activistas cívicos
desaparecidos há um ano.
"Que o executivo esclareça o desaparecimento dos cidadãos Alves Kamulingue
e Isaias Cassule," disse este activista.
Outra preocupação colocada ás autoridades do estado prende-se com o direito à
manifestação e de reunião, garantido na Constituição angolana, artigo 47 e que,
segundo disseram, é constantemente atropelado pelo executivo.
Convidado à conferência, o assistente da Embaixada Norte Americana em Angola, o
especialista em
política Zeferino Teka pensa que a luta pelos direitos
humanos 'è um processo e que o país está no caminho certo.
"Pesa-nos quando assistimos as realidades sobre violações de direitos
humanos acontecerem mas acreditamos que é um processo continuo," disse
Audio: Direitos
humanos e o governo
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