Deutsche Welle
Apesar de existir
um pacto de não agressão entre Angola e a República do Congo, militares
angolanos entraram no país vizinho e fizeram reféns. Fontes em Cabinda
confirmaram a incursão em território do Congo Brazzaville.
Pelo menos 20
militares do país vizinho foram capturados e depois de dois dias restituídos à
liberdade, a meio da tarde de quinta-feira (17.10) por ordens oriundas de
Luanda para o enclave angolano rico em petróleo.
Uma outra fonte
ligada à sociedade civil disse que o número é superior e entre eles estava um
coronel, cujo nome não foi revelado.
Tensão mantém-se
após libertação
O jornalista Cristóvão Luemba, o primeiro a narrar ao mundo o ataque à seleção do Togo em 2010, antes do Campeonato Africano das Nações (CAN), disse que essas pessoas foram libertadas, mas o clima de tensão continua.
O jornalista Cristóvão Luemba, o primeiro a narrar ao mundo o ataque à seleção do Togo em 2010, antes do Campeonato Africano das Nações (CAN), disse que essas pessoas foram libertadas, mas o clima de tensão continua.
“Os militares da
República do Congo terão entrado em território angolano e isso levou a que as
Forças Armadas angolanas fizessem uma incursão de resposta. Os militares angolanos
também acabaram por entrar no território congolês. O que circula por aqui é que
foram detidos alguns militares do exército congolês, mas depois de terem estado
em Cabinda dois dias terão regressado ao seu país", disse o jornalista à
DW África.
A incursão militar de Angola no Congo Brazzaville acontece cerca de um mês depois de os dois países terem feito uma avaliação dos marcos fronteiriços, como forma de limitar uma situação do género. O comissário Eusébio Domingos da Costa é o comandante da polícia em Cabinda de onde tudo partiu. "Isso vai ajudar Angola a debruçar-se ainda mais sobre a questão da segurança da sua fronteira, no interesse dos dois países, bem como sobre o problema da circulação de pessoas e mercadorias ao longo da fronteira entre os dois países".
A incursão militar de Angola no Congo Brazzaville acontece cerca de um mês depois de os dois países terem feito uma avaliação dos marcos fronteiriços, como forma de limitar uma situação do género. O comissário Eusébio Domingos da Costa é o comandante da polícia em Cabinda de onde tudo partiu. "Isso vai ajudar Angola a debruçar-se ainda mais sobre a questão da segurança da sua fronteira, no interesse dos dois países, bem como sobre o problema da circulação de pessoas e mercadorias ao longo da fronteira entre os dois países".
Detidos são
acusados de terrorismo
O ex-coronel da
FLEC e hoje membro de uma facção do Fórum Cabinda para o diálogo, Kalabobo
Vítor Gomes, disse que a situação atual é grave. A desculpa de Angola continua
a ser a FLEC. “Houve invasão e algumas pessoas foram raptadas em território
congolês e trazidas para Angola. Acho que a desculpa continua a ser sempre a
mesma: a FLEC”.
Os militares da Republica do Congo, segundo soube a DW Africa, terão sido capturados com a intenção de soldados da guerrilha da FLEC (Frente de Libertação de Cabinda) de serem levados à cadeia, devido a actos de subversão contra o Estado angolano na visão de Luanda. Eles são acusados de actos de terrorismo.
Os militares da Republica do Congo, segundo soube a DW Africa, terão sido capturados com a intenção de soldados da guerrilha da FLEC (Frente de Libertação de Cabinda) de serem levados à cadeia, devido a actos de subversão contra o Estado angolano na visão de Luanda. Eles são acusados de actos de terrorismo.
O jornalista
Cristóvão Luemba diz que percebe que em local militar seja difícil definir quem
é quem. “Para poder estancar esta situação. Os militares angolanos ter-se-ão
deparado com militares do Congo e como ninguém consegue identificar ninguém
nessas situações, talvez os tenham confundido com elementos da FLEC”.
Kalabobo Victor Gomes que está em Luanda para, segundo ele, "encetar contactos com o governo e sectores críticos sobre a situação de Cabinda", deve haver uma posição mais firmes dos dois Congos (República Democrática do Congo e República do Congo).
Kalabobo Victor Gomes que está em Luanda para, segundo ele, "encetar contactos com o governo e sectores críticos sobre a situação de Cabinda", deve haver uma posição mais firmes dos dois Congos (República Democrática do Congo e República do Congo).
As Forças Armadas
angolanas negaram falar à DW África sobre o assunto. O mesmo aconteceu com o
governo provincial de Cabinda.
Autoria: Manuel
Vieira (Luanda) – Edição: António Rocha / Maria João Pinto
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