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O Governo francês
revelou hoje que subiu para cerca de 400 o número de mortos em Bangui, capital
da República Centro-Africana, nos ataques das milícias contra civis desde
quinta-feira.
«Houve nos últimos
três dias 394 mortos. A calma retornou a Bangui, embora ainda se verifiquem
aqui e ali alguns abusos», disse Laurent Fabius à estação France 3,
acrescentando que as operações do exército francês estão em curso e que «as
operações de desarmamento [dos ex-rebeldes] a Seleka vão começar».
No sábado, a Cruz Vermelha
Centro-Africana (CVCA) anunciou a morte de 300 morreram desde quinta-feira em
Bangui, números provisórios que hoje aumentaram para mais uma centena.
A situação de
segurança permanecia no sábado caótica em Bangui, apesar da presença de tropas
francesas na cidade, devido à violência na cidade desde que milícias de autodefesa
cristãs "Anti-Balaka" iniciaram os seus ataques, tendo sido travadas
pelas forças de segurança apoiadas pela milícia muçulmana Seleka.
Os combates
intensificaram-se na quinta-feira após ataques de militantes
"Anti-Balaka", apoiantes de presidente deposto François Bozizé, horas
antes da ONU autorizar a intervenção militar da França para proteger a
população e restaurar a ordem no país.
A República
Centro-Africana, com 4,5 milhões de habitantes, mergulhou no caos desde o golpe
de Estado de março realizado pela coligação rebelde Séléka, com origem na
minoria muçulmana, que afastou do poder o Presidente François Bozizé.
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