O País (mz)
A Renamo acusa o
Governo de “entreter o povo” durante as 24 rondas de diálogo que não produziram
consenso.
Como resultado, a
Renamo boicotou as quartas eleições autárquicas de 20 de Novembro de 2013.
A Renamo, maior
partido da oposição, convocou, ontem, uma conferência de imprensa, em Maputo,
para, mais uma vez, justificar a sua ausência na mesa das negociações com o
Governo, que tinha manifestado disponibilidade para mais uma ronda na
segunda-feira. Na verdade, a delegação governamental compareceu ontem ao Centro
de Conferências Joaquim Chissano para negociações, mas a Renamo não se fez
representar mais uma vez. O impasse nas conversações mantém-se há
aproximadamente três meses, desde que o Exército ocupou a base da Renamo em
Santungira, distrito de Gorongosa.
A Renamo justifica
a sua ausência reiterando a exigência de mediadores e observadores nacionais e
internacionais à mesa das negociações. Caso seja satisfeita, “estaremos
presentes nas negociações com o Governo a qualquer hora”, garante Saimone
Macuiane, chefe da delegação da Renamo nas conversações com o Governo. Tal
exigência remonta ao envio, pela Renamo, à Presidência da República, do ofício
nº163\GPR\2013, no qual invoca o princípio de mediação e observação nacional e
internacional. O envio aconteceu nos princípios de Dezembro de 2013, mas até
aqui a Renamo ainda não teve a resposta. Porém, o Governo já manifestou
abertura à presença de observadores nacionais nas negociações, mas não julga
pertinente a mediação internacional do diferendo político.
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Na foto: Saimone
Macuiane
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