terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Moçambique: Renamo continua a exigir mediadores para voltar a negociar com Governo

 

O País (mz)
 
A Renamo acusa o Governo de “entreter o povo” durante as 24 rondas de diálogo que não produziram consenso.
 
Como resultado, a Renamo boicotou as quartas eleições autárquicas de 20 de Novembro de 2013.
 
A Renamo, maior partido da oposição, convocou, ontem, uma conferência de imprensa, em Maputo, para, mais uma vez, justificar a sua ausência na mesa das negociações com o Governo, que tinha manifestado disponibilidade para mais uma ronda na segunda-feira. Na verdade, a delegação governamental compareceu ontem ao Centro de Conferências Joaquim Chissano para negociações, mas a Renamo não se fez representar mais uma vez. O impasse nas conversações mantém-se há aproximadamente três meses, desde que o Exército ocupou a base da Renamo em Santungira, distrito de Gorongosa.
 
A Renamo justifica a sua ausência reiterando a exigência de mediadores e observadores nacionais e internacionais à mesa das negociações. Caso seja satisfeita, “estaremos presentes nas negociações com o Governo a qualquer hora”, garante Saimone Macuiane, chefe da delegação da Renamo nas conversações com o Governo. Tal exigência remonta ao envio, pela Renamo, à Presidência da República, do ofício nº163\GPR\2013, no qual invoca o princípio de mediação e observação nacional e internacional. O envio aconteceu nos princípios de Dezembro de 2013, mas até aqui a Renamo ainda não teve a resposta. Porém, o Governo já manifestou abertura à presença de observadores nacionais nas negociações, mas não julga pertinente a mediação internacional do diferendo político.
 
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Na foto: Saimone Macuiane
 

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