A denúncia foi
feita no Diálogo Nacional por Graça Lavres. Uma cidadã da ilha do Príncipe, que
pôs em causa o regime político na região autónoma liderado por José Casandra.
Graça Lavres, apelou a intervenção do Presidente da República para salvar a
Democracia na ilha do Príncipe.
“Reforço da
Democracia”, foi o tema que animou a sessão do Diálogo Nacional, de quarta –
feira. A ilha do Príncipe cuja administração tem sido elogiada em São Tomé,
mereceu mais uma vez considerações positivas do ex-Primeiro Ministro Rafael
Branco, que na sua intervenção no Dialogo Nacional, descreveu a origem do
actual poder instalado no Príncipe, como sendo resultado da expressão da
sociedade civil.
Mais tarde Graça
Lavres, habitante da ilha do Príncipe usou da palavra para mostrar que o poder
oriundo da sociedade civil está a instalar Ditadura Silenciosa na ilha do
Príncipe. «Quem mora no Príncipe é que sabe se o Príncipe está bem ou não.
O exercício da democracia está a regredir na ilha do Príncipe. As pessoas
estão tomadas pelo temor. Têm medo de falar. A democracia na Região do Príncipe
está seriamente ameaçada, comprometida. O poder de expressão para grande parte
da população é nulo. Não se pode falar e fala só quem pode. Alí pratica-se a
política de terra queimada, ou estas comigo ou estas contra mim, sob pena de
perder o emprego», denunciou a cidadã Graça Lavres.
Com receio que a
Ditadura Silenciosa, promovida pelo Governo de José Cassandra, mate a
democracia na Região Autónoma, a cidadã Graça Lavres, apelou a intervenção do Presidente
da República. «Senhor Presidente os principenses já demonstraram o quanto têm
apreço por si, e em nome desses principenses que lhe peço para fazer-se mais
presente na vida das gentes do Príncipe. Faça uma viagem ao Príncipe para
conhecer as inquietudes da população do príncipe, de forma a livrar-nos da
ditadura silenciosa que está a se instalar na região», pontuou.
O Presidente do
Governo do Príncipe, reagiu em declarações a TVS, considerando as declarações
da cidadã Graça Lavres, como campanha eleitoral aberta. «Estamos num período de
pré-campanha e é natural que as pessoas façam este tipo de comentário»,
afirmou José Cassandra, tendo indicado as acções desencadeadas pelo seu
Governo, que permitiram desencravar a ilha do Príncipe e a sua população.
« É preciso recordar que quando chegamos ao Príncipe, fomos nós que
instalamos na Rádio Regional um o programa “Tribuna do Cidadão”. Fomos nós que
instalamos na praça de Santo António Internet grátis, para onde acorrem toda a
juventude, que vai as redes sociais e manifesta tudo o que de bom ou de mau se
tem feito no Príncipe. No quadro do Projecto PADRU vamos avançar com mais uma
rádio comunitária, tudo isso na perspecyiva da participação activa da população
e da juventude», detalhou José Cassandra.
A imprensa nacional
foi convidada pelo Presidente do Governo Regional do Príncipe, a visitar a ilha
do Príncipe, ara ouvir directamente da população a confirmação ou não sobre a
instalação da Ditadura Silenciosa na ilha.
Abel Veiga - Téla Non (st)
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