sexta-feira, 28 de março de 2014

São Tomé e Príncipe: “Ditadura silenciosa está a ser instalada no Príncipe”




A denúncia foi feita no Diálogo Nacional por Graça Lavres. Uma cidadã da ilha do Príncipe, que pôs em causa o regime político na região autónoma liderado por José Casandra. Graça Lavres, apelou a intervenção do Presidente da República para salvar a Democracia na ilha do Príncipe.

“Reforço da Democracia”, foi o tema que animou a sessão do Diálogo Nacional, de quarta – feira. A ilha do Príncipe cuja administração tem sido elogiada em São Tomé, mereceu mais uma vez considerações positivas do ex-Primeiro Ministro Rafael Branco, que na sua intervenção no Dialogo Nacional, descreveu a origem do actual poder instalado no Príncipe, como sendo resultado da expressão da sociedade civil.

Mais tarde Graça Lavres, habitante da ilha do Príncipe usou da palavra para mostrar que o poder oriundo da sociedade civil está a instalar Ditadura Silenciosa na ilha do Príncipe. «Quem mora no Príncipe é que sabe se o Príncipe está bem ou não.  O exercício da democracia está a regredir na ilha do Príncipe. As pessoas estão tomadas pelo temor. Têm medo de falar. A democracia na Região do Príncipe está seriamente ameaçada, comprometida. O poder de expressão para grande parte da população é nulo. Não se pode falar e fala só quem pode. Alí pratica-se a política de terra queimada, ou estas comigo ou estas contra mim, sob pena de perder o emprego», denunciou a cidadã Graça Lavres.

Com receio que a Ditadura Silenciosa, promovida pelo Governo de José Cassandra, mate a democracia na Região Autónoma, a cidadã Graça Lavres, apelou a intervenção do Presidente da República. «Senhor Presidente os principenses já demonstraram o quanto têm apreço por si, e em nome desses principenses que lhe peço para fazer-se mais presente na vida das gentes do Príncipe. Faça uma viagem ao Príncipe para conhecer as inquietudes da população do príncipe, de forma a livrar-nos da ditadura silenciosa que está a se instalar na região», pontuou.

O Presidente do Governo do Príncipe, reagiu em declarações a TVS, considerando as declarações da cidadã Graça Lavres, como campanha eleitoral aberta. «Estamos num período de pré-campanha e é natural  que as pessoas façam este tipo de comentário», afirmou José Cassandra, tendo indicado as acções desencadeadas pelo seu Governo, que permitiram desencravar a ilha do Príncipe e  a sua população. « É preciso recordar que quando chegamos ao Príncipe, fomos nós que instalamos na Rádio Regional um o programa “Tribuna do Cidadão”. Fomos nós que instalamos na praça de Santo António Internet grátis, para onde acorrem toda a juventude, que vai as redes sociais e manifesta tudo o que de bom ou de mau se tem feito no Príncipe. No quadro do Projecto PADRU vamos avançar com mais uma rádio comunitária, tudo isso na perspecyiva da participação activa da população e da juventude», detalhou José Cassandra.

A imprensa nacional foi convidada pelo Presidente do Governo Regional do Príncipe, a visitar a ilha do Príncipe, ara ouvir directamente da população a confirmação ou não sobre a instalação da Ditadura Silenciosa na ilha.

Abel Veiga - Téla Non (st)

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