domingo, 25 de maio de 2014

Angola quer refinaria e dois milhões de barris por dia




A construção da refinaria de Lobito e a marca dos dois milhões de barris de petróleo produzidos por dia são objetivos definidos pelo Governo angolano até 2017 para o setor petrolífero, que também pretende continuar a 'angolanizar'.

Os objetivos constam do programa do executivo para o setor dos petróleos no período legislativo 2013/2017 e a sua concretização foi reforçada pelo ministro da tutela, Botelho de Vasconcelos, durante o X conselho consultivo alargado do Ministério dos Petróleos, que terminou na sexta-feira, na cidade de Lobito.

"Estamos no segundo ano da legislatura, assumimos esse compromisso junto do Governo, por isso, temos que fazer, anualmente, este acompanhamento do desempenho do setor até ao fim dessa mesma legislatura com os objetivos atingidos", afirmou o ministrou, citado pela agência de notícias angolana Angop.

A produção de dois milhões de barris de petróleo por dia em 2015, face aos cerca de 1,7 milhões perspetivados para este ano, continua a ser a grande prioridade, apesar de alguns analistas internacionais alertarem para a dificuldade que Angola terá em cumprir essa meta.

Já a construção da refinaria de Lobito, no litoral centro do país, deverá ser concretizada até 2018, numa área de 3.805 hectares, permitindo processar diariamente cerca de 200 mil barris de crude, criando 10 mil postos de trabalho diretos e indiretos.

O incremento da 'angolanização' do setor petrolífero do país é igualmente uma prioridade apontada pelo executivo, com o ministro Botelho de Vasconcelos, citado hoje pelo Jornal de Angola, a destacar o reconhecimento, que já acontece, de empresas nacionais nos diferentes segmentos bem como a colocação de quadros nacionais em cargos de topo, em todas os operadores da indústria petrolífera angolana.

De acordo com informação do ministro dos Petróleos, no mercado angolano há 118 empresas estrangeiras com contratos de operador e prestador de serviços e 422 nacionais com registo de prestação de serviços e fornecedoras de bens.

Contudo, referiu, faltam ainda planos de desenvolvimento de recursos humanos para o setor.

Lusa, em Notícias ao Minuto

Sem comentários:

Mais lidas da semana