sábado, 24 de maio de 2014

Tailândia: Junta militar convoca 35 políticos e intelectuais pró-democracia




Banguecoque, 24 mai (Lusa) -- A junta militar que tomou o poder na Tailândia convocou hoje 35 políticos e intelectuais pró-democracia para comparecerem perante a nova autoridade do país, um dia depois de ter convocado mais de 100 personalidades do país, incluindo a antiga primeira-ministra.

Entre as novas convocatórias hoje anunciadas estão os professores da Universidade de Thammasat, Somsak Jeamteerasakul, Worachet Pakeerut e Sawatri Suksri, os dois últimos também membros do grupo "Nitirat", que defende uma reforma da lei de lesa majestade.

Outros intelectuais convocados são Suda Rangupan, antigo professor da Universidad Chulalongkorn, e Pavin Chachavalpongpun, docente da Universidad de Kyoto, informou o diário "Bangkok Post".

A junta militar fez esta convocatória um dia depois de convocar outras 150 personalidades políticas e ativistas, incluindo a antiga primeira-ministra Yingluck Shinawatra, e 22 membros da sua família e aliados políticos.

Na sequência da convocatória de sexta-feira, várias pessoas ficaram detidas incluindo a antiga primeira-ministra da Tailândia, Yingluck Shinawatra, e, segundo disse hoje o exército, poderão ficar detidas "até uma semana", dependendo do grau de envolvimento na crise política que levou ao golpe de Estado. na quinta-feira.

O exército também deteve 21 ativistas dos chamados "Camisas Vermelhas", grupo que apoia a corrente política dos Shinawatra, depois de várias operações em localidades no nordeste do país, segundo o diário "The Nation".

Menos de 24 horas depois do golpe de Estado, o 12.º da Tailândia democrática, os acampamentos dos manifestantes antigovernamentais e pró-governamentais em Banguecoque foram desmantelados e os seus ocupantes regressaram a casa.

A Constituição foi suspensa, salvo as disposições referentes ao rei, decretou-se um recolher obrigatório das 22:00 às 05:00, proibiram-se as reuniões públicas de mais de cinco pessoas e acabou-se com a liberdade de imprensa, com o encerramento de estações de rádio e televisão e a ameaça de encerrar qualquer meio de comunicação que provoque agitação.

FV (ANC) // FV - Lusa

Líderes políticos podem ficar detidos "até uma semana" -- exército

Banguecoque, 24 mai (Lusa) -- Os militares que na quinta-feira tomaram o poder na Tailândia anunciaram hoje que poderiam manter detidos "até uma semana" os responsáveis políticos convocados para comparecerem perante a junta militar na sexta-feira.

"Eles poderão ficar detidos até uma semana, em função do seu nível de implicação" na crise política que conduziu ao golpe de Estado, declarou o coronel Winthai Suvaree, porta-voz do exército.

A antiga primeira-ministra da Tailândia, Yingluck Shinawatra, obrigada a demitir-se há duas semanas pelo Tribunal Constitucional, que a considerou culpada do crimes de abuso de poder, é uma das detidas, entre as mais de 100 personalidades que a nova junta militar tailandesa convocou para comparecerem na sexta-feira no Clube do Exército, na capital, sob ordem de prisão caso não cumprissem.

A Amnistia Internacional condenou hoje as detenções e pediu aos militares para clarificarem a situação legal dos detidos.

FV // FV - Lusa

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