Correio
do Brasil –BBC, Tóquio
O
Ministério da Defesa do Japão passou o domingo reunido para analisar as
medidas que serão tomadas pelo país após os disparos de dois mísseis
norte-coreanos em direção ao Mar do Japão nesta madrugada. Não houve
dano em nenhuma aeronave ou navio japonês. Mas o primeiro-ministro Shinzo Abe
disse que está trocando informações com os Estados Unidos e com a Coreia do Sul
para decidir melhor os próximos passos e, se for necessário, promover uma ação
rápida em caso de ameaça à segurança de alguma embarcação japonesa.
No
próximo dia 1º de julho, o Japão terá uma reunião com a Coreia do
Norte para tratar do sequestro de japoneses. O ministro da Defesa, Itsunori
Onodera, foi questionado pela imprensa japonesa sobre o impacto do lançamento
dos mísseis sobre este encontro na semana que vem. Ele respondeu, no entanto,
que o governo
como um todo vai analisar a situação e não somente a pasta de defesa.
Os
disparos aconteceram também poucos dias antes da visita do presidente chinês Xi
Jinping à Seul para discutir o programa nuclear da Coreia do Norte. A China é o
único grande aliado de Pyongyang e garante uma salvação econômica para a nação
isolada. A Coreia do Norte está sob sanções da ONU por causa do programa de
armas nucleares. O país já realizou testes nucleares em 2006, 2009 e 2013, e
acredita-se que os norte-coreanos tenham material nuclear suficiente para um
pequeno número de bombas.
Disparos
De
acordo com uma nota divulgada pelo governo japonês, por volta das 5h da manhã,
horário local, deste domingo, dois mísseis Scuds foram lançados da
costa leste da Coreia do Norte em direção ao Mar do Japão. Esta foi a terceira
vez este ano que os norte-coreanos lançaram projéteis em direção ao mar. Para o
Japão, a atitude é considerada muito grave, pois coloca em risco a segurança de
navios e aeronaves.
O
governo de Abe já encaminhou um protesto contra este tipo de lançamento à China
através da embaixada em Pequim.
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