domingo, 8 de junho de 2014

Portugal: SEGURO PEDE A CAVACO PARA “AGIR”




Para António José Seguro, é altura do Presidente "agir e não apenas proferir palavras de circunstância"

O secretário-geral do PS, António José Seguro, disse hoje que o Presidente da República "não pode ficar indiferente" nem "refugiar-se em palavras de circunstância" perante a situação "particularmente grave" que o país vive.

"Vivemos uma situação particularmente grave no nosso país, que foi agravada com o conhecimento da decisão do Tribunal Constitucional, que, pela terceira vez consecutiva, declara inconstitucionais as normas do Orçamento do Estado, e o senhor Presidente da República não pode ficar indiferente àquilo que se está a passar nem refugiar-se em palavras de circunstância que podem ser ditas em qualquer altura", afirmou o líder socialista, durante uma visita à Feira Nacional da Agricultura, em Santarém.

Para António José Seguro, perante a "afronta" do Governo à Constituição e as declarações "inaceitáveis em democracia" feitas pelo primeiro-ministro em relação à forma como se escolhem os juízes do Tribunal Constitucional, é altura do Presidente "agir e não apenas proferir palavras de circunstância".

Escusando-se a responder à questão sobre se quer a convocação de eleições antecipadas, Seguro lembrou que já sugeriu a Cavaco Silva a convocação do Conselho de Estado e uma audição aos partidos políticos com representação parlamentar.

O secretário-geral do PS insistiu na divulgação da carta enviada pelo Governo ao Fundo Monetário Internacional, considerando “inaceitável que em democracia possa haver documentos desta natureza que vinculam o Estado português e que sejam considerados secretos ou escondidos dos portugueses”.

“Essa carta tem que ser do conhecimento dos portugueses porque aí, de certeza, estão contratados, nas costas dos portugueses, mais sacrifícios, mais cortes, quer nas pensões quer nos funcionários públicos, e isto é inaceitável”, declarou.

Seguro afirmou estar preparado para um cenário de eleições antecipadas, reafirmando que o PS tem uma proposta de Governo, apresentou um “contrato de confiança” e tem um candidato a primeiro-ministro.

Questionado sobre quem será esse candidato, se ele próprio se António Costa, Seguro remeteu a resposta para 28 de setembro, assegurando não estar preocupado “absolutamente com nada” quando questionado sobre as movimentações das federações distritais em torno do presidente da Câmara de Lisboa.

António José Seguro visitou hoje a Feira Nacional da Agricultura, que decorre até ao próximo dia 15, em Santarém, sublinhando a “simpatia dos portugueses e das portuguesas” manifestada pelas “palavras de incentivo” que foi ouvindo durante a manhã.

Lusa, em jornal i

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