Para
António José Seguro, é altura do Presidente "agir e não apenas proferir
palavras de circunstância"
O
secretário-geral do PS, António José Seguro, disse hoje que o Presidente da
República "não pode ficar indiferente" nem "refugiar-se em
palavras de circunstância" perante a situação "particularmente
grave" que o país vive.
"Vivemos
uma situação particularmente grave no nosso país, que foi agravada com o
conhecimento da decisão do Tribunal Constitucional, que, pela terceira vez
consecutiva, declara inconstitucionais as normas do Orçamento do Estado, e o
senhor Presidente da República não pode ficar indiferente àquilo que se está a
passar nem refugiar-se em palavras de circunstância que podem ser ditas em
qualquer altura", afirmou o líder socialista, durante uma visita à Feira
Nacional da Agricultura, em Santarém.
Para
António José Seguro, perante a "afronta" do Governo à Constituição e
as declarações "inaceitáveis em democracia" feitas pelo
primeiro-ministro em relação à forma como se escolhem os juízes do Tribunal
Constitucional, é altura do Presidente "agir e não apenas proferir
palavras de circunstância".
Escusando-se
a responder à questão sobre se quer a convocação de eleições antecipadas,
Seguro lembrou que já sugeriu a Cavaco Silva a convocação do Conselho de Estado
e uma audição aos partidos políticos com representação parlamentar.
O
secretário-geral do PS insistiu na divulgação da carta enviada pelo Governo ao
Fundo Monetário Internacional, considerando “inaceitável que em democracia
possa haver documentos desta natureza que vinculam o Estado português e que
sejam considerados secretos ou escondidos dos portugueses”.
“Essa
carta tem que ser do conhecimento dos portugueses porque aí, de certeza, estão
contratados, nas costas dos portugueses, mais sacrifícios, mais cortes, quer
nas pensões quer nos funcionários públicos, e isto é inaceitável”, declarou.
Seguro
afirmou estar preparado para um cenário de eleições antecipadas, reafirmando
que o PS tem uma proposta de Governo, apresentou um “contrato de confiança” e
tem um candidato a primeiro-ministro.
Questionado
sobre quem será esse candidato, se ele próprio se António Costa, Seguro remeteu
a resposta para 28 de setembro, assegurando não estar preocupado “absolutamente
com nada” quando questionado sobre as movimentações das federações distritais
em torno do presidente da Câmara de Lisboa.
António
José Seguro visitou hoje a Feira Nacional da Agricultura, que decorre até ao
próximo dia 15, em Santarém, sublinhando a “simpatia dos portugueses e das
portuguesas” manifestada pelas “palavras de incentivo” que foi ouvindo durante
a manhã.
Lusa,
em jornal i
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