terça-feira, 19 de agosto de 2014

Encerrou em Victoria Falls a cimeira de presidentes e chefes de Governo da SADC




A 34ª Cimeira dos chefes de Estado e de Governo da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) aprovou diversos instrumentos jurídicos e várias recomendações destinadas a manter a paz e a promoção de políticas de desenvolvimento na região.

África 21, com Angop

Victoria Falls (Zimbabwe) - A 34ª Cimeira dos chefes de Estado e de Governo da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) encerrou segunda-feira (18) no  Elephant Hills Resort Lodge, Victoria Falls, no Zimbabwe, com a assinatura de instrumentos jurídicos e a leitura do comunicado final.

Os líderes dos países membros da organização regional rubricaram três protocolos referentes ao Tribunal da SADC, Gestão do Meio Ambiente para o Desenvolvimento Sustentável e Emprego e Trabalho, bem como uma declaração sobre o Desenvolvimento de Infraestruturas.

A cimeira elegeu Robert Mugabe, chefe de Estado do Zimbabwe, e o general Seretse Khama Ian Khama, presidente do Botswana, para os cargos rotativos de presidente e vice-presidente da SADC, respectivamente.

Por outro lado, a cimeira elegeu o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, e o primeiro - ministro do Reino do Lesoto, Thomas Motsoahae Thabane, para as funções igualmente rotativas de presidente e vice-presidente do Órgão de Cooperação nas Áreas Política, Defesa e Segurança da organização, respectivamente.

De acordo com o comunicado distribuído no final, a cimeira inteirou-se do relatório do presidente cessante do Órgão de Cooperação nas Áreas de Política, Defesa e Segurança da SADC, Hifikepunye Pohamba, presidente da Namíbia, que retrata a situação política prevalecente na região.

Segundo o documento, a África Austral permanece, de um modo geral, relativamente pacífica e estável.

Sobre a República Democrática do Congo, a cimeira confirmou a decisão tomada pela última reunião ministerial conjunta SADC-CIRGL que exigiu a rendição e a desmobilização voluntária das Forças Democráticas de Libertação do Rwanda (FDLR) dentro de seis meses.

A Cimeira apelou às Nações Unidas para, em colaboração com a União Africana, desempenhar o seu papel no processo de repatriamento dos elementos das FDLR que se renderam e desarmaram voluntariamente, ou providenciar condições de reassentamento temporário em terceiros países, fora da Região dos Grandes Lagos.

Quanto a Madagáscar, a cimeira reafirmou o seu compromisso em apoiar este país no contexto do diálogo, da reconciliação e dos processos de reconstrução nacional, tendo exortado a comunidade internacional a ajudar as autoridades malgaxes no seu processo de desenvolvimento.

Relativamente ao Lesoto, a Cimeira encorajou os líderes do governo de coligação para continuarem os esforços tendentes à procura de uma solução política duradoura ao actual impasse e sublinhou o compromisso assumido pela SADC de apoiar as autoridades do país.

Os chefes de Estado e de Governo apelaram ainda a todos os líderes políticos e ao povo em geral para que desistam de quaisquer acções capazes de comprometer a paz e a estabilidade reinantes no país, bem como instou os actores políticos a resolverem a tensão política, à luz da Constituição e das leis vigentes no país, em consonância com os princípios democráticos.

Economia

A cimeira orientou para que a industrialização esteja no centro das atenções da agenda de integração regional da SADC, tendo, para mandatado um Grupo de Trabalho Ministerial sobre a integração Económica Regional para formular uma estratégia e roteiro para a industrialização na região.

Os estadistas tomaram nota dos avanços registados na revisão do Plano Estratégico indicativo de desenvolvimento regional e recomendaram a finalização do Plano de Implementação, a fim de providenciar as linhas orientadoras rumo à materialização dos programas.

Ao encerrar o evento, o presidente eleito da SADC, Robert  Mugabe, expressou a sua determinação em representar  os interesses da comunidade em diversos fóruns internacionais, para que os programas e projectos da organização estejam sempre presentes, tendo solicitado o apoio de todos os Estado membros nesta tarefa.

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