A
economista e colunista Megan Greene, que se tem debruçado nos últimos anos
sobre a crise das dívidas nos países sul-europeus, considera que serão “falsas”
quaisquer afirmações que sugeriam que os contribuintes não serão prejudicados
pelo resgate ao BES.
Para
Megan Greene, economista-chefe da consultora Maverick e
cronista da Bloomberg, os contribuintes nacionais não irão escapar às
consequências do resgate ao Banco Espírito Santo
.
Recorde-se
que o banco privado será dividido em ‘banco mau’ e em ‘banco bom’, estimando-se
que virá a necessitar de quase cinco mil milhões de euros para se capitalizar.
Este domingo à noite, governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, anunciou a
solução para o BES, com o Governo, através de um comunicado do Ministério das
Finanças, a afirmar que os contribuintes não terão de suportar quaisquer
custos.
E
é sobre esta questão que surgem as dúvidas de Megan Greene. Num comentáriode que o
The Guardian dá conta, publicado na rede social Twitter, Megan Greene considera
que o resgate ao BES é “assustadoramente” parecido com os resgates à
banca irlandesa, “embora numa escala muito menor”. A economista acrescenta que
serão “falsos” quaisquer comentários que sugiram que os contribuintes estão
‘livres’ da situação.
Na
sua conta no Twitter, a cronista da Bloomberg dá também destaque a um artigo da
autoria de Claire Jones, artigo esse que tem como título ‘Como roubar um país,
ao estilo do Espírito Santo’ ('How to rip off a country, Espirito Santo style', lê-se no
título original). Claire Jones já tinha escrito para a revista Forbes sobre a
crise no banco privado.
Num
outro tweet, em resposta a uma pergunta sobre o que mais receava, Megan Green
foi taxativa relativamente ao que teme: "Que os custos sejam socializados
em Portugal, implicando mais austeridade para reduzir a dívida pública".
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