O
primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, enalteceu, esta segunda-feira, o
Serviço Nacional de Saúde como "instituição basilar" de uma
"sociedade próspera", advogando que o Governo esteve ao lado do SNS
"no seu momento mais difícil".
"Este
Governo esteve ao lado do Serviço Nacional de Saúde (SNS) ao preparar o seu
futuro. E foi por isso que assumimos a responsabilidade pela sua reforma e pela
sua continuidade. Por vezes existe a ideia errada de que a introdução de
reformas indica uma ruptura com a instituição e com a sua vocação. Mas é
exatamente o contrário", declarou Pedro Passos Coelho, em Lisboa, na
abertura da sessão comemorativa do 35.º aniversário do SNS.
No
seu discurso na cerimónia que decorre durante o dia de hoje no polo de
Campolide da Universidade Nova, Passos Coelho sustentou que o Governo tem vindo
a "trabalhar intensamente" para que o SNS "possa servir não só
os portugueses de hoje, mas os portugueses de amanhã".
"Com
a pré-bancarrota de 2011, o SNS sofreu a maior ameaça de toda a sua história. É
preciso termos consciência deste facto indiscutível (...). Ora, este Governo
agiu", declarou o primeiro-ministro.
Para
o chefe de Governo, os "maiores depreciadores do consenso nacional em
torno do SNS são aqueles que são indiferentes à sua sustentabilidade",
sendo que a valorização do Serviço de Saúde "não se mede com palavras
inconsequentes", mas antes com "compromissos políticos e com escolhas
públicas".
"Recebemos
dos portugueses a responsabilidade de salvar o SNS e de o transmitir mais
forte, mais eficiente e mais transparente às gerações seguintes. Foi o que
fizemos. É o que continuaremos a fazer", sustentou.
Passos
Coelho falou também daquilo a que chamou a "recuperação financeira"
da saúde pública: a redução dos custos, advogou, "foi feita de forma
assimétrica, com ênfase nos agentes com mais poder e que conservavam maiores
margens de lucro".
No
que refere ao défice global do sistema, agrupando os hospitais EPE e o SNS, o
valor, disse o primeiro-ministro, era de mais de 830 milhões de euros em 2010,
sendo que em 2013 "esse défice global estava reduzido a 150 milhões de
euros e o défice do SNS já tinha desaparecido".
"Para
este ano, contamos com um equilíbrio financeiro global, estancando-se a
acumulação de novos pagamentos em atraso", ressalvou o primeiro-ministro.
Os
três anos de "intensa atividade" do Governo foram destacados numa
intervenção de cerca de 20 minutos, na qual foram abordadas decisões tomadas em
áreas como a vacinação, consultas, médico de família e taxas moderadoras, por
exemplo.
A
"determinante resposta" dos profissionais de saúde foi também
enaltecida por Pedro Passos Coelho, que elogiou a "dedicação e o
profissionalismo que revelam todos aqueles que em cada dia trabalham para
proporcionar aos utentes o melhor serviço a que têm direito".
"Não
exagero quando digo que todos os portugueses depositam uma confiança
fundamental em todos eles. São eles a quem recorremos em momentos de maior vulnerabilidade.
É do seu julgamento profissional que dependemos. É com a sua competência e
dedicação que contamos nessas horas de inquietação natural", declarou.
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