sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Moçambique: Tráfico de animais movimenta 20 mil milhões de dólares por ano




Marcha pelo elefante em Maputo

O comércio ilegal de animais selvagens movimenta cerca de 20 mil milhões de dólares todos os anos. Os animais mais abatidos no continente africano, particularmente em Moçambique, são o rinoceronte (cuja extinção no território, seja branco ou preto, foi oficialmente reconhecida em 2013) e o elefante.

Os especialistas indicam que são mortos por hora, em África, quatro elefantes; e a cada 9 horas é abatido um rinoceronte. No que tange ao elefante moçambicano, a Reserva do Niassa viu a sua população decrescer de 20374 em 2009 para menos de 13 mil em 2013 e, no Parque Nacional das Quirimbas, de cerca de 2000 em 2009 para 517 volvidos apenas dois anos. O rinoceronte e o elefante, bem como outras espécies bravias, estão a ser exterminados em África e no país para alimentar um negócio ilegal que transforma as presas de marfim e o corno do rinoceronte em peças de decoração, bijuteria e alimenta crenças, de cariz medicinal, completamente erradas, como refere o comunicado do movimento global para preservação do elefante, do rinoceronte e outras espécies selvagens.

Para travar o fenómeno, milhares vão marchar amanhã em mais de 120 países, incluindo na capital moçambicana, Maputo. A marcha global visa consciencializar as pessoas e levar os Governos a punirem duramente caçadores e traficantes. A marcha começa na Faculdade de Direito da Universidade Eduardo Mondlane e termina na Avenida 10 de Novembro, na baixa da cidade.

O País (mz)

Sem comentários:

Mais lidas da semana