quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Angola: AS PALAVRAS DE OBAMA



Jornal de Angola, editorial

O Presidente Barack Obama, líder daquela que é considerada a maior democracia do mundo, elogiou o Presidente José Eduardo dos Santos pelas suas políticas no plano interno e internacional. As conquistas democráticas do Povo Angolano estão à vista de todos. Só não vê quem não quer.

Mas é sintomático que um Chefe de Estado estrangeiro, de outro continente, que está tão longe, veja claramente aquilo que alguns sectores da Oposição recusam ver. 

Obama sabe o que custou aos angolanos a paz e estabilidade. Conhece o nosso passado recente, marcado dolorosamente pelas agressões externas. Com todos os dados à sua disposição, só podia constatar o que está à vista: “Nesta última década, Angola não apenas recuperou da guerra civil devastadora, como igualmente desenvolveu uma economia que se posiciona entre as maiores do continente africano”. Nesta frase está toda a verdade sobre Angola. 

O Presidente dos EUA, melhor do que ninguém sabe quanto nos custou a guerra devastadora e quanto custa, hoje, manter a estabilidade política e social, pôr a economia em marcha, levar a prosperidade onde até 2002 só existia fome, desolação e morte.

Depois dos elogios públicos do Presidente Barack Obama ao Presidente José Eduardo dos Santos, esperamos que os líderes dos partidos da Oposição não venham acusá-lo daquilo que acusam o nosso jornal: falta de isenção, subserviência, manipulação.

Obama elogia e reconhece quem lidera com inteligência, quem constrói a nova Angola sobre os escombros da guerra de agressão que durante décadas enfrentámos. 

Alguns políticos da Oposição pensam que reconstruir um país, dotá-lo das infra-estruturas que durante décadas foram sabotadas, matar a fome aos que tudo perderam na guerra, curar as feridas, levar o progresso onde só existem escombros, é tão fácil como fazer promessas insensatas, bolsar mentiras e calúnias sobre os que ganharam as eleições com maioria qualificada. Estão enganados. Reconstruir uma pequena parcela de Angola demora muitos anos e exige avultados recursos financeiros. Destruir, reconhecemos, foi muito mais fácil. Bastou carregar no gatilho ou provocar as explosões.

Aqueles que em 2002 estavam prestes a perecer, sem forças para respirar, foram alimentados e tratados nos hospitais nacionais. Em poucos dias estavam como novos. Pensam que recuperar dos anos perdidos, levar o progresso a todo o país, refazer os circuitos de produção e distribuição, construir escolas, centros de saúde e hospitais, pôr os comboios nos carris, recuperar os aeroportos que eles destruíram, refazer as barragens ou as linhas de alta tensão que sabotaram, se faz com a mesma velocidade com que foram resgatados da morte por inacção. Há coisas que se eliminam num ápice. As feridas nos angolanos e no solo sagrado da Pátria levam muito mais tempo a sarar.

Por isso, o Presidente Obama, que não está cego com a tomada do poder a todo o custo, que não presta vassalagem aos colonialistas que ainda mexem em Lisboa, fez esta afirmação simples mas muito reveladora: “Há sinais claros de crescimento e engajamento de Angola na arena internacional, o que promove um futuro brilhante, seguro e próspero para todos os angolanos”.

O Presidente dos EUA tem razão. O futuro de todos os angolanos é risonho. Mesmo para aqueles que vão a Lisboa pedir aos antigos amos que ponham a máquina do tempo a andar para trás. Mas o futuro dá ainda muito trabalho no presente. Quem se exclui de construir a Angola de hoje está a cometer um erro capital, porque aqueles que votam, os cidadãos que de cinco em cinco anos vão escolher os deputados e o Presidente, podem apontar muitos erros aos que ganharam as últimas eleições. Até podem estar desiludidos com alguns aspectos da governação. Podem até reclamar por promessas não cumpridas. 

Mas têm uma certeza: nunca viram ao seu lado os políticos da Oposição. Não conhecem as suas obras. Desconhecem o que fazem diariamente para que os “sinais claros de crescimento” sejam mais numerosos e visíveis. Dizer mal, criticar, desqualificar, é muito fácil. Construir, nem que seja uma casa de adobes ou uma lavra, dá imenso trabalho.

A verdadeira reconciliação nacional faz-se na construção quotidiana da nossa casa comum: Angola livre e democrática. O “futuro brilhante, seguro e próspero para todos os angolanos” de que fala o Presidente Barack Obama, está a ser desbravado sob a liderança do Presidente José Eduardo dos Santos,pelo partido que ganhou as eleições e pelos angolanos que amam o seu país. Se a Oposição se obstina em não apanhar o comboio que avança inexoravelmente rumo a esse futuro brilhante, só pode continuar entre os derrotados e falhados.

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