O
secretário-geral do PCP acusou hoje o presidente da Comissão Europeia de tentar
"limpar as mãos à parede", e de reafirmar a continuação da política
da UE, defendendo que é preciso "uma rutura com esta política do
desastre".
"Creio
que esta tentativa de limpar as mãos à parede não resulta na medida em que, na
sua declaração, para além dos pecados que confessou, foi a afirmação e a
reafirmação que esta política da União Europeia (UE) deve continuar, portanto,
a ser executada", afirmou Jerónimo de Sousa, em declarações aos
jornalistas, no final da reunião com o Conselho Coordenador dos Institutos
Superiores Politécnicos.
"A
questão de fundo não se trata de desabafos, nem de rebates de consciência,
trata-se da exigência que é preciso colocar e praticar, a rutura com esta
política do desastre, e não prossegui-la, como disse o senhor Juncker, porque
de desabafos e boas intenções está o inferno cheio", acrescentou,
afirmando que o problema não é de ordem moral.
Sobre
Jean-Claude Juncker, o secretário-geral do PCP declarou ainda que "é o
atual presidente da Comissão Europeia a criticar o antigo presidente do
Eurogrupo, que por acaso é a mesma pessoa", acrescentando que não
considera que o presidente da Comissão Europeia esteja arrependido.
O
presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, admitiu quarta-feira à
noite que a 'troika' "pecou contra a dignidade" de portugueses,
gregos e também irlandeses, reiterando que é preciso rever o modelo e não repetir
os mesmos erros.
"Pecámos
contra a dignidade dos cidadãos na Grécia, Portugal e muitas vezes na Irlanda
também", disse Juncker perante o Comité Económico e Social, admitindo que
a afirmação pode parecer "estúpida" dita pelo ex-presidente do
Eurogrupo, refere a agência noticiosa Efe.
Lusa,
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