Antigos
militares querem encontro com PR para resolver questão de salários
Voz
da América
Duas
manifestações de caracter diferente estão marcadas para o dia 2 de Maio em
Luanda.
Antigos
militares angolanos que reivindicam o pagamento de indemnizações e
salários em atraso vão exigir o pagamento dos mesmos.
Quem
também vai se manifestar no mesmo dia são os jovens pertencentes ao Conselho
Nacional dos Activistas de Angola que exigem a libertação dos activistas presos
em Cabinda há mais de 30 dias.
Depois
de cinco anos à espera de verem satisfeitas as suas revindicações, os
ex-militares exigem agora serem recebidos pelo Presidente da República,
José Eduardo dos Santos, tal como fez com a juventude angolana.
Os
antigos combatentes acreditam que apenas o Presidente da República ou
o ministro do Estado e Chefe da Casa Militar do Presidente da
República, General Manuel Hélder Vieira Dias Júnior “Kopelipa” podem
resolver os seus problemas.
Alberto
Santos, um dos sobreviventes ao assassinato de Isaías Cassule e Alves
Kamolingue em Maio de 2012, diz não ter medo de que o que aconteceu com os seus
companheiros venha a acontecer com eles.
“Se
eles quiserem nos fazer tal como fizeram aos nossos companheiros nós não temos
medo, porque não se manifestando também nos perseguem e foi isso que eu disse
no tribunal”, disse.
A
manifestação de 27 de Maio de 2012 não foi realizada por terem sido chamados na
altura pelo general Bento Kangamba para resolver o problema. Questionado se
esperam mais uma vez pelo contacto do empresário Bento Kangamba, os
ex-militares rejeitam qualquer acordo com o político e empresário.
“Se
o Bento Kangamba nos chamar nós não vamos aceitar porque a ultima manifestação
ele nos chamou e não conseguiu resolver nada a ponto dos nossos companheiros
terem sido mortos”, adiantou.
Por
seu turno, Raúl Mandela, do Conselho Nacional dos Activistas de Angola, que
exige a libertação dos activistas presos em Cabinda há mais de 30 dias, diz que
ele e os colegas estão preparados para a agressão policial e que vão se
manifestar defronte ao Palácio da Justiça.
“Nós
estamos preparados para tudo que der e vier”, avisou.
As
notas a comunicar as duas manifestações consideradas de pacíficas foram
enviadas ao Governo provincial de Luanda esta terça-feira, 21.
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