quinta-feira, 23 de abril de 2015

Angola. Antigos militares prepararam duas manifestações para Luanda




Antigos militares querem encontro com PR para resolver questão de salários

Voz da América

Duas manifestações de caracter diferente estão marcadas para o dia 2 de Maio em Luanda.

Antigos militares angolanos  que reivindicam o pagamento de indemnizações e salários em atraso vão exigir o pagamento dos mesmos.

Quem também vai se manifestar no mesmo dia são os jovens pertencentes ao Conselho Nacional dos Activistas de Angola que exigem a libertação dos activistas presos em Cabinda há mais de 30 dias.

Depois de cinco anos à espera de verem satisfeitas as suas revindicações, os ex-militares exigem agora serem recebidos pelo Presidente da República,  José Eduardo dos Santos, tal como fez com a juventude angolana.

Os antigos combatentes acreditam que apenas o Presidente da República ou o ministro do Estado e Chefe da Casa Militar do Presidente da República, General Manuel Hélder Vieira Dias Júnior “Kopelipa” podem resolver os seus problemas.

Alberto Santos, um dos sobreviventes ao assassinato de Isaías Cassule e Alves Kamolingue em Maio de 2012, diz não ter medo de que o que aconteceu com os seus companheiros venha a acontecer com eles.

“Se eles quiserem nos fazer tal como fizeram aos nossos companheiros nós não temos medo, porque não se manifestando também nos perseguem e foi isso que eu disse no tribunal”, disse.

A manifestação de 27 de Maio de 2012 não foi realizada por terem sido chamados na altura pelo general Bento Kangamba para resolver o problema. Questionado se esperam mais uma vez pelo contacto do empresário Bento Kangamba, os ex-militares rejeitam qualquer acordo com o político e empresário.

“Se o Bento Kangamba nos chamar nós não vamos aceitar porque a ultima manifestação ele nos chamou e não conseguiu resolver nada a ponto dos nossos companheiros terem sido mortos”, adiantou.

Por seu turno, Raúl Mandela, do Conselho Nacional dos Activistas de Angola, que exige a libertação dos activistas presos em Cabinda há mais de 30 dias, diz que ele e os colegas estão preparados para a agressão policial e que vão se manifestar defronte ao Palácio da Justiça.

“Nós estamos preparados para tudo que der e vier”, avisou.

As notas a comunicar as duas manifestações consideradas de pacíficas foram enviadas ao Governo provincial de Luanda esta terça-feira, 21.

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