terça-feira, 9 de junho de 2015

A TEIA NO PORTUGAL DOS PEQUENINOS


Bocas do Inferno

Mário Motta, Lisboa

A MANELA ANDA PASSADA

Moderadora num programa da TVI “passa-se” e abandona programa em direto. Daria para rir se não fosse triste. Um profissional não faria aquilo. A Moura Guedes de há uns anos atrás, uns anos largos, não faria aquilo. Reformem-na, porque já não há remédio que cure os excessos da Manela. Verdade que ela sempre foi intempestiva, verdade que a vida lhe tem pregado grandes e desagradáveis partidas, verdade que já foi uma boa e grande profissional da televisão e da informação… Tudo verdade. Mas a Manela já não reúne as condições mínimas para estar frente às câmeras a moderar e conduzir um programa. A Manela anda passada, sem paciência, sem tabelas para a sua própria condução profissional. Manela, com muito apreço e carinho: devia ter saído pela porta grande e anda a escavar para saír a rastejar. Chega. Basta. Não tem o direito de fazer tanto mal à Manuela Moura Guedes!

LIBERTEM SÓCRATES E DEPOIS LEVEM COM ELE

Sócrates, o ex-primeiro-ministro, está preso em Évora há seis meses. Preso sem acusação formada. Esquisito. É adverso à democracia e ao Estado de Direito em que se pretende viver - em que alguns dizem (mentindo) que é isso que se vive em Portugal – manter em prisão alguém pela real gana de um juiz com alegados argumentos que não lembram ao diabo. Lembrou a Carlos Alexandre, aquele a quem chamam super-juíz. Super pelos excessos, provavelmente. Super por se sentir bem no personagem de ditador. E aos ditadores não é reconhecida razoabilidade. Aqui há gato. Há qualquer coisa em todo o processo que nos escapa (ou não). Por isso o Carlos não é super na profissão que se exige seja desempenhada com toda a dignidade e moralidade que a justiça exige em Estado de Direito, numa sociedade efetivamente democrática. Que andam muitos milhões na baila é verdade, que Sócrates pode ter algo que ver com isso e até poder ser um dos que não se coibiu de cometimento de ilegalidades também é verdade. E provas? E acusação fundamentada das ilegalidades cometidas? Quer dizer, prende-se primeiro e depois investiga-se? E seis meses não chegam? Carlos Alexandre meteu a pata na poça ou tem muito mais alguma coisa neste processo de “queimar” o PS pela via de Sócrates? Acusem o homem com provas fundamentadas e que sejam criminosas e então depois prendam-no. Assim é que não é nada. Faz bem Sócrates em dar luta, agora que o querem mandar para casa. Com esta Carlos Alexandre não contava, nem o Ministério Público. Querem lavar a alma? Pois então expliquem lá realmente de que crimes Sócrates é realmente acusado? Que fundamentos? Que provas inequívocas? Acusem-no formalmente. Há milhões e milhões no caso mas… isso incrimina Sócrates? Se sim, acusem-no, formalmente. Milhões também há em casos como Cavaco Silva, Paulo Portas (CDS), Dias Loureiro, e tantos outros. E isso, saído na imprensa, deu em nada. Loureiro até teve “cunha” para que não mexessem mais no caso. Certamente que não foi o Zé da Esquina que intercedeu para que “deixassem o caso de Loureiro nas faldas do esquecimento, da ignorância”. Justiça? Onde pára a justiça? Não a vimos. O que vimos é saber que há poderosos que mandam parar investigações. Poderosos da máfia, certamente. Há ou não uma teia criminosa que envolve políticos e a política? Acusam ou não acusam objetivamente e legalmente José Sócrates? Não? Então deixem o homem em paz. Libertem-no. Levem com ele por o terem privado da liberdade que qualquer cidadão em Portugal deve ter se não existirem provas concretas e incriminatórias que levem a uma acusação fundamentada de facto. Libertem Sócrates e levem com ele. É disso que têm medo? Já agora, que jogada suja é que será toda esta “história”? Pergunta-se pelas ruas. O juiz que responda. Ele melhor que ninguém deverá saber. Saberá também que é por estas e outras que a justiça está tão desacreditada? Carlos Alexandre esticou-se indevidamente? Então ficará na memória dos do Portugal dos Pequeninos, talvez na fila de Cavaco Silva e outros. Que pena. Parece que Carlos Alexandre, o pseudo super-juíz, afinal não tem a vassoura que possa arrasar a teia. Que pena, se fosse, nesse caso, efetivamente justo. Sem sofismas. Sem teias.

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