terça-feira, 2 de junho de 2015

MORREU MINISTRO TIMORENSE LASAMA ARAÚJO




Díli, 02 jun (Lusa) - O ministro Coordenador dos Assuntos Sociais e da Educação timorense, Fernando Lasama de Araújo, morreu hoje, aos 53 anos, no Hospital de Díli, onde estava internado em "estado crítico", disse à agência Lusa fonte hospitalar.

A mesma fonte adiantou que Lasama de Araújo morreu às 08:30 locais (00:30 de Lisboa).

O governante estava em coma, na Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital de Dili, segundo uma fonte do Partido Democrático, a que Lasama presidia, que explicou que o ministro sofreu domingo uma trombose com derrame cerebral e que as equipas médicas descartaram, durante a madrugada, que pudesse ser transferido para Singapura para cuidados médicos adicionais.

Ao início da manhã de hoje circularam por Díli rumores de que Lasama já teria morrido, informação desmentida por fonte da Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital Nacional Guido Valadares (HNGV) em Díli.

Nos últimos dias, o ministro realizou uma visita por várias regiões de Timor-Leste, tendo mantido nos últimos meses uma agenda intensa de trabalho.

Fundador da organização jovem da resistência timorense RENETIL e candidato presidencial em 2007, Lasama de Araújo, 53 anos, foi Presidente da República interino de Timor-Leste em 2008, depois do atentado contra José Ramos-Horta.

Secretário-geral da RENETIL foi detido em 1991 em Timor-Leste, tendo cumprido seis anos e quatro meses de cadeia em Cipinang, a mesma onde estava então detido Xanana Gusmão.

Natural de Mautasi, Ainaro, testemunhou aos 12 anos o massacre de 18 familiares pelo exército indonésio, segundo a sua biografia.

Era desde fevereiro membro do VI Governo constitucional, onde ocupava os cargos de ministro de Estado, Coordenador dos Assuntos Sociais e Ministro da Educação.

ASP // ARA

Governo timorense decreta três dias de luto oficial antes de funeral de Estado de Lasama

Díli, 02 jun (Lusa) - O Governo timorense decretou hoje três dias de luto oficial antes do funeral de Estado de Fernando Lasama de Araújo que decorrerá no Jardim dos Heróis Nacionais na localidade de Metinaro, oeste de Díli, anunciou o primeiro-ministro.

"Queremos prestar homenagem e transmitir o sentimento de pesar ao nosso colega membro do Governo, companheiro de luta", disse Rui Maria de Araújo aos jornalistas depois de uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros.

Rui Araújo explicou que o Governo aprovou um decreto que decreta três dias de luto nacional, tendo distribuído ainda as tarefas para a organização do funeral de Estado, previsto para sexta-feira.

O Governo decidiu ainda propor ao chefe de Estado, Taur Matan Ruak, a concessão de uma condecoração a título póstumo em "reconhecimento pelo seu papel na luta" pela libertação timorense.

Ladeado por vários membros do Governo, Rui Araújo expressou "sentidas condolências para a família" destacando o papel do "saudoso Lasama de Araújo" que "dedicou a sua vida à libertação da pátria e do povo".

"Sofreu um problema fatal enquanto estava a trabalhar, num encontro com professores do min da educação", disse.

O chefe do Governo disse que desde que lidera o VI Governo constitucional Lasama, que era ministro Coordenador dos Assuntos Sociais e ministro da Educação "sempre atuou com todo o sentido de Estado" e com "grande preocupação" com o país.

"É uma perda insubstituível. Todos nós sentimos isso e por isso estamos aqui publicamente prestar homenagem", afirmou em conferência de imprensa.

O velório de Lasama de Araújo deverá decorrer na sua residência oficial no bairro Farol em Díli.

A ministra da Saúde, Maria do Céu Sarmento Pina da Costa, explicou aos jornalistas que Lasama se sentiu mal quando estava em Suai, a sul de Díli, numa reunião com professores timorenses, cerca das 11:00 de segunda-feira (03:00 em Lisboa).

Foi aerotransportado para Díli numa avioneta do Ministério da Saúde e colocado na unidade de cuidados intensivos do Hospital Nacional Guido Valadares.

Pina da Costa disse que as equipas médicas "tentaram todos os esforços" para prolongar a vida de Lasama, tendo consultado com especialistas na Austrália, Indonésia e Singapura.

"Em qualquer hospital era impossível salvá-lo. Os especialistas que ouvimos disseram que 99% não se podia fazer nada", disse.

"Fizemos apenas tratamentos paliativos", afirmou.

Fernando Lasama de Araújo morreu hoje cerca das 08:30 hora local, tendo convergido no Guido Valadares centenas de pessoas para uma primeira homenagem, incluindo vários membros do Governo e outras personalidades.

Entre eles compareceu no local o ex-presidente do Parlamento Nacional timorense, Lu'olo, que disse à Lusa que Timor-Leste está de luto com a perda de Fernando Lasama de Araújo, que sempre lutou pelo país, especialmente nos momentos mais difíceis contra a ocupação indonésia.

"Todos estamos de luto, o país inteiro está de luto", disse Lu'olo, em declarações à Lusa, depois de prestar homenagem, na morgue do hospital de Díli, ao ministro Coordenador dos Assuntos Sociais e da Educação timorense, Fernando Lasama de Araújo, que morreu hoje.

"Lasama era um homem político e contribuiu bastante para o país, apesar das grandes dificuldades e grandes desafios. Foi um guerrilheiro, foi um lutador também. Fica o nosso maior reconhecimento pelo que fez pelo país", afirmou.

Lasama, que foi ainda Presidente do Parlamento Nacional e presidente da República interino, em 2008, depois do atentado contra o então chefe de Estado, José Ramos-Horta, foi candidato presidencial em 2007.

Secretário-geral da RENETIL, organização que ajudou a fundar, foi detido em 1991 em Timor-Leste, tendo cumprido seis anos e quatro meses de cadeia em Cipinang, a mesma onde estava então detido Xanana Gusmão.

Natural de Mautasi, Ainaro, testemunhou aos 12 anos o massacre de 18 familiares pelo exército indonésio, segundo a sua biografia.

Era desde fevereiro membro do VI Governo constitucional, onde ocupava os cargos de ministro de Estado, Coordenador dos Assuntos Sociais e Ministro da Educação.

ASP // DM

Timor-Leste está de luto com a perda de Lasama pelo que fez pelo país - Lu'olo

Díli, 02 jun (Lusa) - Timor-Leste está de luto com a perda de Fernando Lasama de Araújo, que sempre lutou pelo país, especialmente nos momentos mais difíceis da luta contra a ocupação indonésia, disse hoje o ex-presidente do Parlamento Nacional timorense Lu'olo.

"Todos estamos de luto, o país inteiro está de luto", disse Lu'olo, em declarações à Lusa, depois de prestar homenagem, na morgue do hospital de Díli, ao ministro Coordenador dos Assuntos Sociais e da Educação timorense, Fernando Lasama de Araújo, que morreu hoje.

"Lasama era um homem político e contribuiu bastante para o país, apesar das grandes dificuldades e grandes desafios. Foi um guerrilheiro, foi um lutador também. Fica o nosso maior reconhecimento pelo que fez pelo país", afirmou.

Recordando o papel de Lasama de Araújo em organizações como a RENETIL - que fundou e da qual foi secretário-geral, Lu'olo saudou o seu contributo para Timor-Leste.

"Num dos momentos mais difíceis da nossa luta sempre soube conduzir a sua ação, solidarizando-se connosco que estávamos na frente armada, nas montanhas de Timor-Leste", afirmou.

Quero apresentar as minhas condolências à família enlutada do senhor Fernando Lasama. E sentidos pêsames a todos os timorenses. É preciso manifestar a nossa maior solidariedade com a família", disse.

Lu'olo foi uma das centenas de pessoas, entre elas vários membros do Governo, que convergiram no exterior da morgue do hospital de Díli, onde ainda se encontra o corpo de Lasama de Araújo.

O Governo timorense reuniu de urgência o Conselho de Ministros para determinar o que vai ser feito em termos de homenagem a Lasama de Araújo que ocupou vários cargos públicos relevantes, incluindo Presidente da República interino e presidente do Parlamento Nacional.

Enquanto decorria a reunião a bandeira à frente do Palácio do Governo foi colocada a meia haste.

Fonte parlamentar disse à Lusa que a conferência de líderes foi convocada para hoje de manhã, devendo ser aprovado um voto de pesar que pode ser lido ainda no arranque da sessão plenária antes de ela ser suspensa.

Prevê-se igualmente uma homenagem na sede da RENETIL, organização que Lasama de Araújo ajudou a fundar e da qual foi secretário-geral.

Fonte do gabinete de Lasama de Araújo disse à Lusa que o corpo deverá ser transferido para a sua casa oficial, no bairro Farol, em Díli, antes de seguir para a RENETIL, onde haverá uma primeira homenagem.

O corpo será depois levado ao Ministério da Educação para um tributo por parte dos funcionários antes de uma cerimónia especial também no Parlamento Nacional.

Fernando Lasama de Araújo morreu hoje, aos 53 anos, no Hospital de Díli, na sequência de uma trombose com derrame cerebral.

Fundador da organização jovem da resistência timorense RENETIL e candidato presidencial em 2007, Lasama de Araújo foi Presidente da República interino de Timor-Leste em 2008, depois do atentado contra José Ramos-Horta.

Secretário-geral da RENETIL foi detido em 1991 em Timor-Leste, tendo cumprido seis anos e quatro meses de cadeia em Cipinang, a mesma onde estava então detido Xanana Gusmão.

Natural de Mautasi, Ainaro, testemunhou aos 12 anos o massacre de 18 familiares pelo exército indonésio, segundo a sua biografia.

Era desde fevereiro membro do VI Governo constitucional, onde ocupava os cargos de ministro de Estado, Coordenador dos Assuntos Sociais e Ministro da Educação.

ASP // DM

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