Díli,
02 jun (Lusa) - O ministro Coordenador dos Assuntos Sociais e da Educação
timorense, Fernando Lasama de Araújo, morreu hoje, aos 53 anos, no Hospital de
Díli, onde estava internado em "estado crítico", disse à agência Lusa
fonte hospitalar.
A
mesma fonte adiantou que Lasama de Araújo morreu às 08:30 locais (00:30 de
Lisboa).
O
governante estava em coma, na Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital de
Dili, segundo uma fonte do Partido Democrático, a que Lasama presidia, que
explicou que o ministro sofreu domingo uma trombose com derrame cerebral e que
as equipas médicas descartaram, durante a madrugada, que pudesse ser
transferido para Singapura para cuidados médicos adicionais.
Ao
início da manhã de hoje circularam por Díli rumores de que Lasama já teria
morrido, informação desmentida por fonte da Unidade de Cuidados Intensivos do
Hospital Nacional Guido Valadares (HNGV) em Díli.
Nos
últimos dias, o ministro realizou uma visita por várias regiões de Timor-Leste,
tendo mantido nos últimos meses uma agenda intensa de trabalho.
Fundador
da organização jovem da resistência timorense RENETIL e candidato presidencial
em 2007, Lasama de Araújo, 53 anos, foi Presidente da República interino de
Timor-Leste em 2008, depois do atentado contra José Ramos-Horta.
Secretário-geral
da RENETIL foi detido em 1991 em Timor-Leste, tendo cumprido seis anos e quatro
meses de cadeia em Cipinang, a mesma onde estava então detido Xanana Gusmão.
Natural
de Mautasi, Ainaro, testemunhou aos 12 anos o massacre de 18 familiares pelo
exército indonésio, segundo a sua biografia.
Era
desde fevereiro membro do VI Governo constitucional, onde ocupava os cargos de
ministro de Estado, Coordenador dos Assuntos Sociais e Ministro da Educação.
ASP
// ARA
Governo
timorense decreta três dias de luto oficial antes de funeral de Estado de
Lasama
Díli,
02 jun (Lusa) - O Governo timorense decretou hoje três dias de luto oficial
antes do funeral de Estado de Fernando Lasama de Araújo que decorrerá no Jardim
dos Heróis Nacionais na localidade de Metinaro, oeste de Díli, anunciou o
primeiro-ministro.
"Queremos
prestar homenagem e transmitir o sentimento de pesar ao nosso colega membro do
Governo, companheiro de luta", disse Rui Maria de Araújo aos jornalistas
depois de uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros.
Rui
Araújo explicou que o Governo aprovou um decreto que decreta três dias de luto
nacional, tendo distribuído ainda as tarefas para a organização do funeral de
Estado, previsto para sexta-feira.
O
Governo decidiu ainda propor ao chefe de Estado, Taur Matan Ruak, a concessão
de uma condecoração a título póstumo em "reconhecimento pelo seu papel na
luta" pela libertação timorense.
Ladeado
por vários membros do Governo, Rui Araújo expressou "sentidas condolências
para a família" destacando o papel do "saudoso Lasama de Araújo"
que "dedicou a sua vida à libertação da pátria e do povo".
"Sofreu
um problema fatal enquanto estava a trabalhar, num encontro com professores do
min da educação", disse.
O
chefe do Governo disse que desde que lidera o VI Governo constitucional Lasama,
que era ministro Coordenador dos Assuntos Sociais e ministro da Educação
"sempre atuou com todo o sentido de Estado" e com "grande
preocupação" com o país.
"É
uma perda insubstituível. Todos nós sentimos isso e por isso estamos aqui
publicamente prestar homenagem", afirmou em conferência de imprensa.
O
velório de Lasama de Araújo deverá decorrer na sua residência oficial no bairro
Farol em Díli.
A
ministra da Saúde, Maria do Céu Sarmento Pina da Costa, explicou aos
jornalistas que Lasama se sentiu mal quando estava em Suai, a sul de Díli, numa
reunião com professores timorenses, cerca das 11:00 de segunda-feira (03:00 em
Lisboa).
Foi
aerotransportado para Díli numa avioneta do Ministério da Saúde e colocado na
unidade de cuidados intensivos do Hospital Nacional Guido Valadares.
Pina
da Costa disse que as equipas médicas "tentaram todos os esforços"
para prolongar a vida de Lasama, tendo consultado com especialistas na
Austrália, Indonésia e Singapura.
"Em
qualquer hospital era impossível salvá-lo. Os especialistas que ouvimos
disseram que 99% não se podia fazer nada", disse.
"Fizemos
apenas tratamentos paliativos", afirmou.
Fernando
Lasama de Araújo morreu hoje cerca das 08:30 hora local, tendo convergido no
Guido Valadares centenas de pessoas para uma primeira homenagem, incluindo
vários membros do Governo e outras personalidades.
Entre
eles compareceu no local o ex-presidente do Parlamento Nacional timorense,
Lu'olo, que disse à Lusa que Timor-Leste está de luto com a perda de Fernando
Lasama de Araújo, que sempre lutou pelo país, especialmente nos momentos mais
difíceis contra a ocupação indonésia.
"Todos
estamos de luto, o país inteiro está de luto", disse Lu'olo, em
declarações à Lusa, depois de prestar homenagem, na morgue do hospital de Díli,
ao ministro Coordenador dos Assuntos Sociais e da Educação timorense, Fernando
Lasama de Araújo, que morreu hoje.
"Lasama
era um homem político e contribuiu bastante para o país, apesar das grandes
dificuldades e grandes desafios. Foi um guerrilheiro, foi um lutador também.
Fica o nosso maior reconhecimento pelo que fez pelo país", afirmou.
Lasama,
que foi ainda Presidente do Parlamento Nacional e presidente da República
interino, em 2008, depois do atentado contra o então chefe de Estado, José
Ramos-Horta, foi candidato presidencial em 2007.
Secretário-geral
da RENETIL, organização que ajudou a fundar, foi detido em 1991 em Timor-Leste,
tendo cumprido seis anos e quatro meses de cadeia em Cipinang, a mesma onde
estava então detido Xanana Gusmão.
Natural
de Mautasi, Ainaro, testemunhou aos 12 anos o massacre de 18 familiares pelo
exército indonésio, segundo a sua biografia.
Era
desde fevereiro membro do VI Governo constitucional, onde ocupava os cargos de
ministro de Estado, Coordenador dos Assuntos Sociais e Ministro da Educação.
ASP
// DM
Timor-Leste
está de luto com a perda de Lasama pelo que fez pelo país - Lu'olo
Díli,
02 jun (Lusa) - Timor-Leste está de luto com a perda de Fernando Lasama de
Araújo, que sempre lutou pelo país, especialmente nos momentos mais difíceis da
luta contra a ocupação indonésia, disse hoje o ex-presidente do Parlamento
Nacional timorense Lu'olo.
"Todos
estamos de luto, o país inteiro está de luto", disse Lu'olo, em
declarações à Lusa, depois de prestar homenagem, na morgue do hospital de Díli,
ao ministro Coordenador dos Assuntos Sociais e da Educação timorense, Fernando
Lasama de Araújo, que morreu hoje.
"Lasama
era um homem político e contribuiu bastante para o país, apesar das grandes
dificuldades e grandes desafios. Foi um guerrilheiro, foi um lutador também.
Fica o nosso maior reconhecimento pelo que fez pelo país", afirmou.
Recordando
o papel de Lasama de Araújo em organizações como a RENETIL - que fundou e da
qual foi secretário-geral, Lu'olo saudou o seu contributo para Timor-Leste.
"Num
dos momentos mais difíceis da nossa luta sempre soube conduzir a sua ação,
solidarizando-se connosco que estávamos na frente armada, nas montanhas de
Timor-Leste", afirmou.
Quero
apresentar as minhas condolências à família enlutada do senhor Fernando Lasama.
E sentidos pêsames a todos os timorenses. É preciso manifestar a nossa maior
solidariedade com a família", disse.
Lu'olo
foi uma das centenas de pessoas, entre elas vários membros do Governo, que
convergiram no exterior da morgue do hospital de Díli, onde ainda se encontra o
corpo de Lasama de Araújo.
O
Governo timorense reuniu de urgência o Conselho de Ministros para determinar o
que vai ser feito em termos de homenagem a Lasama de Araújo que ocupou vários
cargos públicos relevantes, incluindo Presidente da República interino e
presidente do Parlamento Nacional.
Enquanto
decorria a reunião a bandeira à frente do Palácio do Governo foi colocada a
meia haste.
Fonte
parlamentar disse à Lusa que a conferência de líderes foi convocada para hoje
de manhã, devendo ser aprovado um voto de pesar que pode ser lido ainda no
arranque da sessão plenária antes de ela ser suspensa.
Prevê-se
igualmente uma homenagem na sede da RENETIL, organização que Lasama de Araújo
ajudou a fundar e da qual foi secretário-geral.
Fonte
do gabinete de Lasama de Araújo disse à Lusa que o corpo deverá ser transferido
para a sua casa oficial, no bairro Farol, em Díli, antes de seguir para a
RENETIL, onde haverá uma primeira homenagem.
O
corpo será depois levado ao Ministério da Educação para um tributo por parte
dos funcionários antes de uma cerimónia especial também no Parlamento Nacional.
Fernando
Lasama de Araújo morreu hoje, aos 53 anos, no Hospital de Díli, na sequência de
uma trombose com derrame cerebral.
Fundador
da organização jovem da resistência timorense RENETIL e candidato presidencial
em 2007, Lasama de Araújo foi Presidente da República interino de Timor-Leste
em 2008, depois do atentado contra José Ramos-Horta.
Secretário-geral
da RENETIL foi detido em 1991 em Timor-Leste, tendo cumprido seis anos e quatro
meses de cadeia em Cipinang, a mesma onde estava então detido Xanana Gusmão.
Natural
de Mautasi, Ainaro, testemunhou aos 12 anos o massacre de 18 familiares pelo
exército indonésio, segundo a sua biografia.
Era
desde fevereiro membro do VI Governo constitucional, onde ocupava os cargos de
ministro de Estado, Coordenador dos Assuntos Sociais e Ministro da Educação.
ASP
// DM
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