quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Angola-Cabinda. Amnistia escolhe Marcos Mavungo como “prisioneiro de consciência”




Dias antes da leitura da sentença, a Amnistia Internacional faz novo apelo pelo activista de Cabinda.

O advogado e activista de direitos humanos José Marcos Mavungo foi considerado segunda-feira prisioneiro de consciência pela Amnistia Internacional (AI).

Numa nota publicada no site oficial da organização, a AI começa por referir a nova data da leitura da sentença do activista de Cabinda, que está marcada para a próxima segunda-feira. Em seguida diz: “Ele é um prisioneiro de consciência”.

Inicialmente, a leitura da sentença estava marcada para o dia 16, mas foi antecipada pelo Tribunal de Cabinda, que não adiantou as razões para a alteração da data.

Acusado de crime de rebelião, o julgamento de Mavungo começou em Cabinda a 26 de Agosto. Depois de três sessões, o Ministério Público pediu 12 anos de prisão ao activista.

O activista de 52 anos foi detido a 14 de Março, dia em que estava prevista a realização de uma manifestação contra a alegada má governação de Cabinda e violação de direitos humanos na província, entretanto, não autorizada pelas autoridades.

Mavungo foi preso pela manhã, junto a uma igreja, horas antes do protesto, por alegadamente possuir dez blocos de TNT de 200 gramas cada e um rolo de cordão detonante e “nove panfletos com conteúdos de incitamento à violência”. O material foi encontrado pela polícia dentro de uma mochila, na rua, um dia antes da manifestação.

A prisão de Marcos Mavungo tem sido criticada por várias organizações. Em Março, a AI condenou a atitude das autoridades e pediu a libertação imediata do activista numa petição online. Veja aqui.

Um comunicado em português deverá ser publicado hoje até ao final do dia, confirmou a AI ao Rede Angola.

Em Agosto o RA publicou uma entrevista com José Marcos Mavungo, o activista enviou as respostas por carta. Leia aqui.

Rede Angola

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