Dias
antes da leitura da sentença, a Amnistia Internacional faz novo apelo pelo
activista de Cabinda.
O
advogado e activista de direitos humanos José Marcos Mavungo foi considerado
segunda-feira prisioneiro de consciência pela Amnistia Internacional (AI).
Numa
nota publicada no site
oficial da organização, a AI começa por referir a nova data da leitura
da sentença do activista de Cabinda, que está marcada para a próxima
segunda-feira. Em seguida diz: “Ele é um prisioneiro de consciência”.
Inicialmente,
a leitura da sentença estava marcada para o dia 16, mas foi antecipada pelo
Tribunal de Cabinda, que não adiantou as razões para a alteração da data.
Acusado
de crime de rebelião, o julgamento de Mavungo começou em Cabinda a 26 de
Agosto. Depois de três sessões, o Ministério Público pediu 12 anos de prisão ao
activista.
O
activista de 52 anos foi detido a 14 de Março, dia em que estava prevista a
realização de uma manifestação contra a alegada má governação de Cabinda e
violação de direitos humanos na província, entretanto, não autorizada pelas autoridades.
Mavungo
foi preso pela manhã, junto a uma igreja, horas antes do protesto, por
alegadamente possuir dez blocos de TNT de 200 gramas cada e um rolo de cordão
detonante e “nove panfletos com conteúdos de incitamento à violência”. O
material foi encontrado pela polícia dentro de uma mochila, na rua, um dia
antes da manifestação.
A
prisão de Marcos Mavungo tem sido criticada por várias organizações. Em Março,
a AI condenou a atitude das autoridades e pediu a libertação imediata do
activista numa petição online. Veja aqui.
Um
comunicado em português deverá ser publicado hoje até ao final do dia,
confirmou a AI ao Rede Angola.
Em
Agosto o RA publicou uma entrevista com José Marcos Mavungo, o
activista enviou as respostas por carta. Leia aqui.
Rede
Angola
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