O
Parlamento da Guiné-Bissau deu mais 45 dias à comissão de inquérito que está a
averiguar as denúncias de corrupção com que o Presidente, José Mário Vaz,
justificou a demissão do Governo a 12 de agosto.
Inicialmente
o Parlamento havia concedido 30 dias à comissão constituída por deputados de
diversas bancadas, mas devido à complexidade dos assuntos em análise, o prazo
foi prorrogado por mais 45 dias, lê-se num comunicado do hemiciclo guineense.
No
documento, a que a Lusa hoje teve acesso, o presidente do Parlamento, Cipriano
Cassamá, afirma que, por deliberação da comissão permanente, foi aumentado o
prazo para permitir que a comissão “conclua sem constrangimentos de ordem
temporal os seus trabalhos”.
O
Presidente da República afirmou no discurso à Nação, a 12 de agosto, horas
antes de demitir o Governo eleito, que, entre outros, existiam sinais de
corrupção, peculato e nepotismo por parte dos membros do Executivo.
A
comissão que está a averiguar as denúncias fez saber ao Parlamento que,
tendo-se deparado “com um grande volume de matérias”, aliado “à complexidade
dos assuntos”, serão necessários mais dias até que se possa pronunciar.
O
Parlamento – que se encontra de férias, mas substituído pela comissão
permanente – louvou os trabalhos já realizados pela comissão de inquérito e
incentivou-a a prosseguir na mesma via.
A
comissão está mandatada para recolher documentação nos ministérios e
departamentos estatais e auscultar qualquer responsável considerado
determinante para o apuramento da verdade.
As
áreas visadas são a exploração dos recursos florestais, nomeadamente a madeira,
contratos de extração de areias pesadas, pesca, entre outras.
Lusa,
em O Democrata
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