Bissau
- O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, diz-se
"incompreendido" e vê aspectos positivos na crise política que afecta
o país, referiu esta quinta-feira num discurso.
"Todos
os esforços e sacrifícios são poucos quando a tarefa é engrandecer a nossa
pátria. Embora por vezes incompreendido, é nesta tarefa que estou
empenhado", disse o chefe
de Estado, ao discursar na sessão comemorativa da Assembleia Nacional Popular
dos 42 anos da Independência da Guiné-Bissau.
Vaz
acrescentou que a "situação política revelou aspectos positivos da nossa
aprendizagem da democracia e permitiu que a Guiné-Bissau desse um salto
qualitativo a nível de indicadores que regem as sociedades modernas".
Referiu que apesar da tensão social vivida e da exaltação de espíritos, em nenhum momento foram assinaladas violações de direitos humanos" ou da "liberdade de expressão e de imprensa, pese embora todos os excessos verificados.
Referiu que apesar da tensão social vivida e da exaltação de espíritos, em nenhum momento foram assinaladas violações de direitos humanos" ou da "liberdade de expressão e de imprensa, pese embora todos os excessos verificados.
Por
outro lado, ao submeter-se ao acórdão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), o
Presidente guineense considerou que o poder judicial "sai valorizado e vê
reforçada a sua autoridade enquanto pilar do Estado de direito democrático, independentemente
do juízo de mérito da sua decisão".
José
Mário Vaz demitiu a 12 de Agosto o primeiro-ministro Domingos Simões Pereira,
ambos eleitos pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) em 2014, mas que revelaram desentendimentos políticos e pessoais já em funções.
Vaz
deu posse a um novo primeiro-ministro, Baciro Djá (também do PAIGC, mas não
apoiado pelo partido) e respectivo Executivo, acto presidencial que o STJ veio a considerar inconstitucional.
Carlos
Correia foi na última semana proposto pelo PAIGC (partido com maioria
parlamentar) e empossado pelo PR como novo primeiro-ministro, aguardando-se
agora pela formação do Governo.
Angop
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