O
PCP e "Os Verdes" atacaram hoje o Governo por ter dado apoio a
intervenções da NATO que terão gerado a atual vaga de refugiados e por
privatizar por ajuste direto a um mês das eleições.
Estas
posições foram transmitidas pelo líder parlamentar do PCP, João Oliveira, e
pela deputada do Partido Ecologista "Os Verdes" Heloísa Apolónia no
período de declarações políticas da Comissão Permanente da Assembleia da
República.
João
Oliveira e Heloísa Apolónia consideraram que o "belicismo" da NATO,
"apoiado" pelo executivo português, é a principal causa "do
drama" dos refugiados - cidadãos sobretudo provenientes de zonas em
conflito como o Iraque, a Síria e a Líbia.
No
âmbito da política nacional, Heloísa Apolónia classificou como "uma
golpada" a tentativa do executivo privatizar por ajuste direto os Serviços
de Transportes da Cidade do Porto (STCP) e o Metro do Porto e advertiu que a
concretização dessas operações terão "graves consequências ambientais,
económicas e sociais".
Já
João Oliveira, depois de aludir às reivindicações dos pescadores de sardinhas e
dos produtores do leite, acusou o Governo de tentar "vender ao
desbarato" o Novo Banco, "passando uma vez mais para os contribuintes
os custos dos desmandos do setor financeiro".
Tal
como a deputada ecologista, também João Oliveira disse que o executivo liderado
por Pedro Passos Coelho apresenta como objetivo a intenção de "vender o
país à peça", recorrendo agora ao ajuste direto para concessionar os STCP
e o Metro do Porto.
O
presidente do Grupo Parlamentar do PCP afirmou ainda que o Governo, ao longo
dos últimos quatro anos, insistiu em governar contra a Constituição da
República.
Neste
ponto da sua intervenção, o líder da bancada comunista apontou então para os
exemplos recentes de o Tribunal Constitucional ter considerado
inconstitucionais diplomas aprovados pela maioria PSD/CDS sobre enriquecimento
injustificado e para a revisão da lei orgânica do Sistema de Informações da República
Portuguesa (este com o apoio do PS).
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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