Mário Motta, Lisboa
Portugal
está nas mãos de “poderosos” desonestos que só são governo por vontade de Cavaco
Silva, um PR ancilosado que doentiamente se alapou numa presidência de faz-de-conta.
Não por acaso há quem os considere perigosos para a democracia, medíocres e
imbecis.
A
imbecilidade está à vista há imenso tempo e a perigosidade também. O prejuízo para
a democracia tem sido notório. A mediocridade estala nas mentiras e
desonestidades sistemáticas da manipulação de números no desemprego e noutros
itens cruciais e que deviam ser do conhecimento público com revelações
transparentes, sem sofismas. Nada disso o governo faz e de vez em quando é
desmascarado, como agora no caso que envolve a Parvalorem e a atual ministra das
Finanças – que era então secretária de estado desse mesmo ministério. Tudo isto
acontece em ações de esgoto deste notório rol de vigaristas, sob a proteção de
Cavaco Silva. O fedor que os principais órgãos do poder político emanam está a
tomar foros de epidemia. Até quando os portugueses vão suportar este bando de
salafrários?
Sem
mais palavreado seguem-se declarações de António Costa sobre o cambalacho
Parvalorem vs ministra das Finanças e a opacidade inerente, que ela alegadamente
solicitou para português enganar. No final constam os artigos relacionados com
este assunto, no PG e no Notícias ao Minuto. Este governo de vigaristas alimenta a
comunicação social como não há memória. Pobres dos jornalistas. Trabalho não
lhes falta. Nem também aos que procuram a todo o transe manipular e dar sumiço a notícias
que revelem com realidade quem são os do governo e da elite que lhe está apensa a feder e a empestar o país. Como caneiro pejado de fezes pestilentas. (MM /
PG)
Quantos
"truques" do Governo estão ainda por descobrir?
O
secretário-geral do PS, António Costa, interrogou-se hoje sobre quantos
"truques" do Governo estarão ainda por descobrir, no dia em que houve
novidades sobre as contas do processo de liquidação do BPN.
O
executivo, declarou Costa em Setúbal, foi hoje apanhado "mais uma vez num
truque" feito, diz, para "disfarçar as contas de 2012".
"O
que nos interrogamos é quantos truques estão ainda por descobrir",
sublinhou o líder do PS, que abordava a notícia de hoje da Antena 1, que aponta
para que a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, enquanto secretária
de Estado do Tesouro, tenha pedido à administração da Parvalorem que mexesse
nas contas para que estas revelassem um cenário de perdas mais otimista do que
o real, reduzindo os prejuízos reconhecidos em 2012.
Costa
prosseguiu: "É dramático para a credibilidade da vida politica e da democracia
quando, permanentemente, não há semana que passe em que o Governo em que não
seja apanhado numa tentativa de enganar os cidadãos".
O
socialista advogou, todavia, que "não há números, não há truques, não há
contabilidades que disfarcem aquilo que é a realidade concreta da vida das
pessoas", falando, por exemplo, da emigração dos jovens.
O
PS, por seu turno, "não está fechado sobre si próprio" e "foi
capaz de, na preparação do programa do Governo, mas também na elaboração das
suas listas, de chamar para a atividade políticas pessoas que tendo tido outro
tipo de percurso (...) sentiram perante este momento de emergência que o país
vive não podiam deixar de dizer presente".
Costa
deu como exemplo o economista Paulo Trigo Pereira, candidato pelo círculo de
Setúbal, que interveio na sessão desta tarde.
"Alguns
acharam que tínhamos ido reunir um conjunto de economistas para fazer um estudo
e a fingir elaborarmos um programa", prosseguiu o líder do PS, que
recordou as suas vitórias autárquicas em Lisboa para dizer que "o que é
decisivo é estar em condições quatro anos depois" da primeira vitória
"de voltar a dar a cara e pedir a confiança aos portugueses".
"Os
portugueses não esqueceram como eles [Passos Coelho e Paulo Portas], ao longo
destes quatro anos, traíram a palavra que tinham dado na anterior campanha
eleitoral", declarou o socialista.
E
acrescentou: "Nem sequer nos cartazes têm coragem de dar a cara porque
sabem que a cara deles não convence ninguém".
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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