O
porta-voz do líder da RENAMO (Resistência Nacional Moçambicana), António
Muchanga, disse em conferência de imprensa, que o seu partido não confia na
Polícia da República de Moçambique (PRM) e quer a criação de uma força de altas
individualidades constituída por seus homens.
Onélio
Duarte, Moçambique – Folha 8
Estes
pronunciamentos surgem dias depois das Forças de Defesa e Segurança (FDS) terem
invadido a casa do líder do maior partido da oposição, Afonso Dhlakama, na
cidade da Beira, de onde recuperaram vário material de guerra que estava na
posse dos seguranças da RENAMO, depois do ataque do dia 25 de Setembro, no
distrito de Gondola, em Manica, na região central de Moçambique.
“Achamos
que é tempo de seguirmos em frente dando prioridade a criação urgente de uma
unidade de protecção de Altas Individualidades constituída por elementos da PRM
e Forças de segurança da RENAMO porque nós não confiamos na PRM e ninguém deve
ser obrigado a ser guarnecido exclusivamente por pessoas que não são da sua
confiança”, disse Muchanga.
O
Partido liderado por Afonso Dhlakama, quer que a questão da segurança de altos
dirigentes seja a prioridade, enquanto procuram-se pontos de agenda
convergentes para o encontro ao mais alto nível entre o líder da RENAMO e o
Presidente da República, Filipe Nyusi, de modo a resolver vários problemas
políticos que o país enfrenta.
Contudo,
Muchanga afirmou que a presença das Forças de Segurança da RENAMO, é legal,
porque resulta do incumprimento por parte do Governo moçambicano, do Acordo
Geral de Paz (AGP) assinado a 4 de Outubro de 1992, na capital italiana, Roma.
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