Marcolino
Moco considera "errada" a ideia de puxar comunidade lusófona para os
"negócios", criticando o rumo que a organização está a tomar.
O
primeiro secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa
(CPLP), Marcolino Moco, considerou que a ideia de puxar a organização para os
negócios “é errada”, sobretudo para os “negócios sujos”, que permitiram a
entrada da Guiné Equatorial.
“Há
uma ideia que eu considero errada, puxar a ideia da CPLP para os negócios,
sobretudo negócios sujos, como estes que permitiram que a Guiné Equatorial
entrasse, o tal problema da doença endémica que é o petróleo”, disse Marcolino
Moco, em entrevista à agência Lusa.
Questionado
sobre como vê hoje a organização da qual foi o primeiro secretário-executivo
(entre 1996 e 2000), Marcolino Moco considerou que “a CPLP fez, faz e fará
sentido”, mas criticou o rumo que está a tomar.
“O
mundo ocidental só vê negócios e não resistiram à entrada de outro país
ditatorial”, afirmou o também ex-primeiro-ministro angolano (1992-1996),
referindo-se à entrada como membro de pleno direito na CPLP da Guiné
Equatorial, em julho de 2014.
Marcolino
Moco considerou que a CPLP “faz sobretudo sentido no domínio cultural”,
defendendo que a organização devia “promover debates sobre a democracia ou
promover a educação”.
Neste
sentido, o ex-secretário-executivo sugeriu a criação de uma universidade da
CPLP para “defender a língua portuguesa em colaboração com as línguas locais em
África e em Timor-Leste”.
Integram
a CPLP Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique,
Portugal, são Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
Lusa,
em Económico
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