O
primeiro-ministro em exercício, Pedro Passos Coelho, disse, esta sexta-feira,
que "cabe ao PS constituir uma solução de Governo estável, credível e
duradoura, que ainda não tem", uma vez que não é possível marcar eleições
antecipadas.
Pedro
Passos Coelho falava à saída da audiência com o Presidente da República, Cavaco
Silva, que esta sexta-feira vai ouvir os partidos com assento parlamentar,
começando pelo mais votado, PSD, e terminando no menos votado, o PAN.
O
primeiro-ministro em exercício disse ao Presidente da República que, da
perspetiva do PSD, o "desejável seria convocar eleições antecipadas"
para esclarecer a crise política criada com a queda do Governo na Assembleia da
República.
Como
"essa hipóteses está constitucionalmente vedada", Passos Coelho
responsabiliza o PS por encontrar uma solução criada com o derrube do Governo,
a 10 de novembro. "Cabe ao PS constituir uma solução de Governo estável,
credível e duradoura, que ainda não tem", disse o primeiro-ministro em
exercício, mostrando dúvidas de que tal seja possível.
"O
PSD não vê, nas posições que têm sido assumidas pelo PS e pelos restantes
partidos da Esquerda, uma solução dessas caraterísticas", acrescenta
Passos Coelho. "O PS não tem garantias de que o Orçamento de Estado possa
ser aprovado por estas forças políticas. Não tem garantias de que a
participação de Portugal, decisiva na União Europeia, possa continuar de acordo
com as regras europeias", disse.
"O
PS não pode acreditar que os partidos mais à Esquerda, que se têm mostrado
antieuropeus e antiatlânticos sejam o suporto do Governo que o país
precisa", disse Passos Coelho.
Jornal de Notícias
Em
atualização
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