quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Portugal. Políticas de austeridade tiraram 5 mil milhões de euros aos funcionários públicos



Quebra de rendimentos deve-se não só às reduções salariais como também ao congelamento de promoções, aumentos de descontos para a ADSE e revisão dos escalões de IRS. Em termos salariais um trabalhador do Estado que em 2010 ganhava em média 1211 euros mensais receba hoje apenas 1004 euros líquidos, ou seja, menos 206 euros.

Segundo dados analisados pelos Conselho das Finanças Públicas (CFP), os trabalhadores do setor público perderem cinco mil milhões de euros em três anos devido às políticas de austeridade impostas pela troika.

Esta quebra de rendimentos fica a dever-se não só às reduções salariais como também ao congelamento de promoções, aumentos de descontos para a ADSE e revisão dos escalões de IRS tendo originado, nos últimos cinco anos, uma redução da despesa do Estado com pessoal dos 24,6 mil milhões de euros para os 19,6 milhões.

Ainda de acordo com o CFP, esta poupança do Estado foi suportada em 20% pelos funcionários públicos. Se tivermos em conta apenas os rendimentos dos trabalhadores da Administração central e da Segurança Social não contabilizando as perdas dos trabalhadores das autarquias e das regiões autónomas, esta redução processou-se a um ritmo de quase um milhão de euros por dia, para um total de menos 1638 milhões de euros entre 2010 e 2014.

Esta quebra de rendimentos significa que em termos salariais um trabalhador do Estado que em 2010 ganhava em média 1211 euros mensais receba hoje apenas 1004 euros líquidos, ou seja, menos 206 euros.

Esquerda.net - Foto Paulete Matos

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