Os
espanhóis votam, este domingo, nas eleições mais renhidas das últimas décadas.
Habituados
a grandes maiorias, alternadas entre os dois partidos tradicionais, este ano os
eleitores viram o leque de opções abrir-se com a entrada fulgurante de duas
novas formações -Podemos e Ciudadanos- que se preparam para fazer uma entrada
histórica no Congresso de Deputados.
Apesar
da fuga de votos que atingiu o PP, o partido atualmente no poder deverá voltar
a ser a força mais votada, mas é certo que Mariano Rajoy vai perder o poder
absoluto que detém. Para governar, terá de negociar para garantir o apoio de
outras forças políticas, sendo uma abstenção do Ciudadanos o cenário mais
provável. No entanto, tudo vai depender da distribuição final de deputados no
parlamento, que neste momento apresenta grande indefinição.
Em aberto está a batalha pela segunda posição, que
representa também uma luta pela hegemonia na esquerda, uma vez que PSOE e
Podemos surgem nas últimas sondagens em empate técnico. Apesar de rivais, a
hipótese de uma coligação entre os partidos de Pedro Sánchez e Pablo Iglesias
para governar é, pelo menos, a favorita dos espanhóis nas sondagens realizadas
sobre possíveis pactos pós-eleitorais.
Se
o futuro governo é uma incógnita, a única certeza é que o mapa político
espanhol (que se começou a desenhar com as eleições municipais e regionais de
maio) será muito diferente a partir da próxima segunda-feira.
Maria
João Henriques – Jornal de Notícias
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