Tragédia
que culminou com a morte do jovem de 29 anos teve lugar no Hospital de São
José, em Lisboa, durante o último fim de semana.
David
Duarte, de 29 anos, esperou dias para ser operado a um aneurisma na cabeça. A
intervenção era urgente, mas como o hospital de S. José não tem equipa de
neurocirurgia a trabalhar ao fim de semana, o jovem teve de esperar por
segunda-feira. Contudo, não resistiu e morreu antes de chegar à mesa de
operações, na madrugada de domingo para segunda-feira.
O
caso está a gerar polémica e já levou a Procuradoria-Geral da República a abrir
uma investigação ao sucedido. O presidente da Administração Regional de Saúde
de Lisboa e Vale do Tejo, Luís Cunha Ribeiro, e os administradores hospitalares
Teresa Sustelo (Lisboa Central) e Carlos Martins (Lisboa Norte) demitiram-se.
Fonte
do Ministério Público revelou ao Diário de Notícias que, se da investigação se
concluir que David Duarte morreu por falta de meios hospitalares, então o caso
passará a ser tratado como homicídio negligente, negligência médica ou omissão
de auxílio. Porém, o mais provável é que a acusação seja de crime por homicídio
negligente.
E
quem serão os culpados? Explica o DN que os arguidos poderão ser os médicos, a
administração do hospital, a Administração Regional de Saúde e até o Ministério
da Saúde.
Ao
que o Diário de Notícias apurou, o Hospital de S. José não só não tem equipas
de neurocirurgia escaladas para trabalhar ao fim de semana, como também não
tentou entrar em contacto com o Hospital de Santa Maria a fim de perceber se
esta unidade hospitalar teria médicos disponíveis para levar a cabo a operação
que tinha carácter urgente.
Indica
também o Expresso que este não foi o primeiro caso mortal a ocorrer no S. José.
Este ano já tinha morrido uma mulher também na sequência de uma hemorragia
cerebral. O ano passado foram três as vítimas mortais que não resistiram ao
rebentamento de aneurismas por terem de esperar que houvesse uma equipa médica
disponível para levar a cabo as respetivas cirurgias.
“Eram
todos menos jovens, com familiares menos proativos, tendo, por isso, passado
despercebidos”, disse ao Expresso fonte do hospital que acrescentou que todos
os pacientes que acabaram por morrer tinham grande probabilidade de sobreviver
se tivessem sido operados a tempo.
Notícias
ao Minuto - Título PG
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