O
Ministério Público está a analisar os elementos divulgados pela investigação
internacional "Panama Papers" e se daí resultarem factos que
configurem crime, não deixará de abrir inquérito.
"O
Ministério Público está a acompanhar a situação, recolhendo elementos e
procedendo à respetiva análise. Se desses elementos resultarem factos
suscetíveis de integrarem a prática de crimes, o Ministério Público, como
sempre, não deixará de agir em conformidade", informou a
Procuradoria-Geral da República (PGR).
A
maior investigação jornalística da história, divulgada na noite de domingo,
envolve o Consórcio
Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ, na sigla inglesa),
com sede em Washington, e destaca os nomes de 140 políticos de todo o mundo,
entre eles 12 antigos e atuais líderes mundiais.
A
investigação resulta de uma fuga de informação e juntou cerca de 11,5 milhões
de documentos ligados a quase quatro décadas de atividade da empresa panamiana
Mossack Fonseca, especializada na gestão de capitais e de património, com
informações sobre mais de 214 mil empresas 'offshore', em mais de 200 países e
territórios.
A
partir dos Papéis do Panamá ("Panama Papers", em inglês) como já são
conhecidos, a investigação refere que milhares de empresas foram criadas em
"offshores" e paraísos fiscais para centenas de pessoas administrarem
o seu património, entre eles rei da Arábia Saudita, elementos próximos do
presidente russo Vladimir Putin, o presidente da UEFA, Michel Platini, e a irmã
do rei Juan Carlos e tia do rei Felipe VI de Espanha, Pilar de Borbón.
O
semanário "Expresso" e o canal de televisão TVI estão a participar
nesta investigação em Portugal.
Jornal de Notícias
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