Roger
Rafael Soares, Díli, opinião
Ocorreu
no norte de Inglaterra, altura em que decorre a campanha para a realização do
Referendo sobre saída ou permanência da Grã-Bretanha na União Europeia, um ato
cruel e de barbaridade extrema praticado por dois cidadãos, no qual vitimou
mortalmente uma deputada do Parlamento Britânico pertencente ao grupo
parlamentar do Partido Trabalhista. É com grande pesar que presto a minha
solidariedade à família desta Senhora, a quem não tenho ligação próxima, mas
pelos medias, trata-se de uma cidadã que dedicou a sua vida ao serviço dos
outros e defensora notável da causa pública e solidária com a situação dos
refugiados sírios.
A
sua morte transmite-nos que em qualquer lado não há segurança garantida, onde o
respeito pela vida não é valorizado por ideologias extremistas e vagas. O mundo
está mais frágil em termos de segurança, o terrorismo é organizado e realizado
dentro dos Estados, como foi os casos do atentado à discoteca em Orlando que
fez 50 mortes e dezenas de feridos e do assassinato de uma cantora cometido por
um fã psicopata, ambos realizados nos EUA, a par dos conflitos armados. Esta
situação alerta para uma preocupação cada vez mais maior aos cidadãos e
decisores políticos em matéria de segurança.
Por
outro lado, a morte da deputada acontece durante a discussão de realização do
referendo na Grã-Bretanha no próximo dia 23 de julho, sobre a sua saída ou
permanência na União Europeia. Este referendo coloca em cima da mesa a
incerteza dos efeitos e impacto da saída da Grã-Bretanha da zona euro, quer para
a União Europeia, quer para a própria Grã-Bretanha. Ou seja, tudo está em
aberto. Mas as consequências desta possível saída, caso venha a se realizar, no
mercado laboral são certas em torno do estatuto dos emigrantes - que são
cidadãos europeus –, isto é, se continuam com o estatuto atual ou passam a ter
visto de trabalho. Assim como, é real o enfraquecimento da União Europeia
perante o mundo, caso a Grã-Bretanha saia da União Europeia. Mas o que me
preocupa, e espero que se tenha em consideração, é a proteção dos emigrantes trabalhadores.
Assim como, a posição da Grã-Bretanha pode tratar-se de uma “janela” de
interesse de saída da União Europeia por outros Estados membros.
Neste
quadro, e dado os desafios atuais que a União Europeia enfrenta, a permanência
da Grã-Bretanha na União Europeia é inquestionável, uma vez que a Grã-Bretanha
é um dos Estados membros que detém um enorme peso e influência nas tomadas de
decisão das diretivas da União Europeia.
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