DEMOCRACIA? EUROCRATAS DE COSTAS VOLTADAS PARA OS ELEITORES EUROPEUS
Reunidos
em Berlim, na capital do Reich, os ministros dos negócios estrangeiros da
Alemanha, França, Holanda, Itália, Bélgica e Luxemburgo, países fundadores da
União Europeia, analisam a saída do Reino Unido da pseudo União. Em declarações
o ministro alemão mostrou a sua incompreensão ou cólera por Cameron, que se
demitirá só em Outubro, anunciar que só
então o seu sucessor dará inicio às negociações de saída do Reino Unido… Há
pressa para arrumar o assunto e não o arrastar por tantos meses, não vá o diabo
tecê-las e outros povos e países referendem as suas permanências e digam não à pseudo União.
União a que os eurocratas (muitos deles nem sequer eleitos) chamam “a sua
Europa” – e o mal, o erro, o busílis, está exatamente aí revelado. Não dizem
simplesmente a Europa ou a nossa Europa, mas sim a “sua Europa”.
Ao chefe alemão
do neoliberalismo fascista que assola a Europa fugiu~lhe a boca para verdade, compreendendo-se mais facilmente que a Alemanha chama à pseudo União “sua” com
justificada razão, já que tem enriquecido à custa da miséria dos países periféricos
graças às políticas impostas pelo Quarto Reich chefiado por Merkel, políticas
religiosamente cumpridas pelos eurocratas em Bruxelas e pelos governos
servilistas da quase totalidade dos países europeus, tal como está comprovado
nas políticas impostas aos portugueses pelo falho de humanismo, patriotismo e
coluna vertebral, o neoliberal fascista Passos Coelho, por quatro anos PM em Portugal
– apoiado por outros da sua espécie no governo (Paulo Portas entre outros) e na
Presidência da República (Cavaco Silva).
O
Brexit aconteceu pela evidência da eurocracia da pseudo União e das suas flagrantes
falhas democráticas – causa maior das elites da UE teimarem em estar de costas
voltadas para os cidadãos, o que é comum nos ditadores, nos fascistas, nos
neoliberais dessa mesma espécie. Foi disso que os extremistas do Reino Unido se
aproveitaram para defenderem o sucesso ocorrido sobre a rejeição à pseudo União
Europeia. Assim acontece em França e em muitos outros países europeus. Entretanto
a Alemanha lucra com a crise imposta aos outros países. Tem sido a grande
beneficiária da hecatombe que impôs de acordo com os Mercados que lhes pagam
para lhes concederem empréstimos. E esfregam freneticamente as mãos para que a “crise”
continue.
Se
é facto que os do Reich acham que têm o direito de governar a UE de costas voltadas para os países,
para os cidadãos, não nos admiremos então que os cidadãos também lhes voltem as
costas. O que está em prática na UE é a subserviência dos políticos e
governantes de quase todos os países aos eurocratas (muitos deles nem sequer
eleitos) comandados pela Alemanha de Merkel e dos Mercados.
E
então, sim, tem razão o chefe alemão neoliberal fascista quando se refere “à
sua Europa”. Heil Merkel e Mercados!
Democracia? Que democracia? Até
quando assim será?
A
notícia sobre a reunião dos “fundadores” da Europa de costas voltadas para os
cidadãos europeus. A seguir.
Mário
Motta / PG
Fundadores
da UE nunca deixarão que lhes tirem a sua Europa - MNE alemão
O
ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Frank-Walter Steinmeier, declarou
hoje que os seis fundadores da União Europeia (UE), que estão em Berlim para
analisar o 'post-brexit', "não deixarão nunca que lhes tirem a sua
Europa".
"Estou
seguro de que estes Estados vão enviar a mensagem de que não deixarão ninguém
tirar-lhes a sua Europa, este projeto de paz e de estabilidade", afirmou o
ministro alemão antes do encontro com os homólogos Jean-Marc Ayrault (França),
Bert Koenders (Holanda), Paolo Gentiloni (Itália), Didier Reynders (Bélgica) e
Jean Asselborn (Luxemburgo).
Ayrault
defendeu que a saída do Reino Unido da UE devia ser ativada o mais rapidamente
possível.
"É
necessário ser rápido, que a negociação arranque (...) no interesse comum. A
pressão vai ser forte sobre o primeiro-ministro britânico, David Cameron, na
cimeira europeia de terça-feira e quarta-feira", adiantou Ayrault.
Cameron
anunciou na sexta-feira, depois da vitória do 'brexit' no referendo, que sairia
de funções em outubro e que deixaria ao seu sucessor a tarefa de negociar a
saída da UE, pondo em ira os responsáveis europeus.
"Não
é um divórcio amigável", afirmou o presidente da Comissão Europeia,
Jean-Claude Juncker. À antena de televisão alemã ARD na sexta-feira à noite.
"Não
percebo porque é que o Governo britânico precisa de esperar até ao mês de
outubro para decidir se envia ou não a carta de divórcio para Bruxelas. Eu
gostaria de a receber imediatamente", insistiu.
O
presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, defendeu que Cameron tinha
assim "todo o continente (europeu) como refém".
O
encontro a seis em Berlim lança uma grande dança diplomática para tirar
conclusões sobre a votação da saída do reino Unido da UE. Na segunda-feira, a
chanceler alemã, Angela Merkel, recebe o presidente francês, François Hollande,
e o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, na véspera de dois dias da
cimeira europeia.
"Estou
seguro de que os 27 países querem defender esta Europa, que há uma grande
vontade de reforçar a Europa", disse Steinmeier, sublinhando respostas
urgentes deviam ser dadas sobre temas específicos, como "os refugiados e
as migrações, a crise do emprego (...) e a segurança".
Por
outro lado, o ministro dos Negócios Estrangeiros francês indicou que os seis
ministros vão debater a melhor maneira para relançar o projeto europeu com base
numa proposta franco-alemã.
"Trabalhámos
sobre uma proposta com Steinmeier sobre o que poderia aproximar os pontos de
vista de uns e de outros. Uns privilegiam a integração da zona euro, outros a
política de segurança e de defesa", adiantou.
"Toda
a gente reconhece que o casal franco-alemão tem um papel. Não é exclusivo, mas
se não houver um bom entendimento franco-alemão isso paralisa o resto",
adiantou.
Os
chefes da diplomacia dos seis países fundadores da União Europeia (UE)
reúnem-se hoje em Berlim para debater as consequências do referendo britânico,
em que os eleitores decidiram pela saída do Reino Unido da UE.
O
Reino Unido, cujos eleitores escolheram na quinta-feira sair da UE, a Irlanda e
a Dinamarca foram os países do primeiro alargamento da Comunidade Económica
Europeia, a 01 de janeiro de 1973.
Os
eleitores britânicos decidiram que o Reino Unido vai sair da União Europeia
(UE), depois de o 'Brexit' ter conquistado 51,9% dos votos no referendo de
quinta-feira, cuja taxa de participação foi de 72,2%.
O
primeiro-ministro britânico, David Cameron, anunciou já a sua demissão com
efeitos em outubro.
MC
(IG/DM) // SO - Lusa
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