sexta-feira, 17 de junho de 2016

LIBERDADE PARA OS PRESOS POLÍTICOS EM ANGOLA ESBARRA NA INDIFERENÇA DO REGIME



Angola recorda um ano depois detenções dos ativistas condenados por rebelião

A passagem do primeiro ano sobre as detenções dos ativistas angolanos, que se reuniam para discutir política e que saíram do tribunal condenados por rebelião e associação de malfeitores, é aguardada com ações de protesto no país.

A 20 de junho de 2015, uma operação do Serviço de Investigação Criminal (SIC) fazia em Luanda as primeiras detenções deste processo, que mais tarde ficaria conhecido como "15+2", em alusão aos 15 ativistas que ficaram meio ano em prisão preventiva e duas jovens que aguardaram o julgamento em liberdade, constituídas arguidas só em setembro.

Há vários dias que circulam convocatórias de grupos jovens, a que a Lusa teve acesso, para manifestações ou concentrações pacíficas para pedir a libertação destes ativistas, a realizar entre 19 e 20 de junho, além de Luanda e localidades nos arredores (Cacuaco e Belas), no Lobito, província de Benguela, mas também em cidades estrangeiras.

Lusa


Familiares dos ativistas angolanos vivem "pesadelo" um ano depois das detenções


Um ano depois das detenções dos ativistas angolanos que se reuniam para discutir política, as famílias dos 17 que já cumprem penas de prisão, por rebelião e associação de malfeitores, dizem viver um "pesadelo".

As detenções começaram a 20 de junho, o julgamento, por entre greves de fome e mais de seis meses de prisão de preventiva, arrancou em novembro e ao fim de sucessivos atrasos a condenação chegou a 28 de março, com penas efetivas de prisão entre os dois anos e três meses e os oito anos e meio. Até agora, nem os três diferentes recursos interpostos pela defesa impediram os jovens de já estarem a cumprir pena.

Enquanto isso, mães, mulheres e filhos assistem impotentes, do lado de fora.

Lusa - Título PG

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