Não é de agora que sabemos que há políticos que vendem tudo, assim como certos e incertos empresários e outros salafrários constantes numa provável lista extensa e que aqui não caberia. Nem é de agora que vendem o sol, o vento, a água da chuva, o ar, as paisagens. Esses tais salafrários vendem tudo, apesar de não lhes pertencer mas sim à natureza, mas sim aos cidadãos na generalidade na melhor das hipóteses e vistos os factos. Muito bem. Então, agora, o governo de Portugal, de Costa e das esquerdas, vende o sol. Melhor: cria alcavalas aos bafejados pelo sol, aos que vivem em casas viradas a sul... Inqualificável.
Se fosse o governo de Passos, Portas e Cavaco a tomar por boa esta medida para daí sacar mais umas centenas de milhares de euros ou lá o que isso render, cairia o Carmo e a Trindade e aqui del-rei que os tipos eram isto e aquilo (e são). Mas não, foi o governo de Costa. E aí as esquerdas está a manter a viola no saco e nem truz nem mus. Pois é. E também pois é que estamos perante gente com frequentes ataques de mediocridade que quer sacar a eito meios-ricos e remediados, assim como os pobres. Quer e saca. Com os muito mais ricos é que não se metem. Nem penalizam os que esbulham a toda a força os trabalhadores, recorrem a fugas de capitais em offshores, cometem fugas aos impostos elaborados por doutores especialistas em cometerem crimes-legais nessas fugas. Para esses reina a impunidade e até recebem vénias de governantes que já há muito perderam a coluna vertebral e rastejam perante o poderio financeiro dos que muito enriquecem a roubar e a alimentarem as suas ganâncias.
A notícia corre em baixo: imposto do sol. Por isso não nos devíamos admirar se tomássemos em consideração que a maior parte dos políticos, principalmente os de direita e os assim-assim, até já venderam as mães, as mulheres, a família, os amigos, de certo modo o futuro dos seus próprios filhos ao contribuírem para a devastação do planeta com as suas políticas e vendas de alma ao diabo. Em Portugal há desses e até têm perdurado nos diversos poderes. Eles aí estão, à mostra.
Afinal, se até já há os que venderam as mães por que razão não hão-de vender o sol?
Mário Motta / PG
Esteja
atento. A partir de hoje, até o sol pode fazer subir imposto
Alteração
ao Código do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) foi publicado ontem em
Diário da República.
Se
é proprietário de uma casa, então esta notícia é para si. A partir de hoje, o
IMI poderá sofrer alterações tendo em conta o coeficiente de localização e
operacionalidade relativas do imóvel.
Por
outras palavras, se a sua habitação usufruir de uma boa exposição solar
(orientação a sul), tiver um terraço ou estiver num piso mais elevado, o
coeficiente pode aumentar até 20%.
Em
sentido oposto, se o imóvel estiver localizado numa zona de elevada poluição
atmosférica ou sonora ou junto a uma ETAR ou um cemitério e não usufruir de uma
boa exposição solar (orientação a norte), então nestes casos o coeficiente pode
diminuir até 10%.
Apesar
de estas alterações entrarem hoje em vigor, só deverão ter efeitos práticos
quando houver uma avaliação do prédio, explicou fonte do Ministério das
Finanças ao Notícias ao Minuto.
Quem
mostrou desagrado relativamente a esta alteração foi o presidente daAssociação
Lisbonense de Proprietários que, em declarações à agência Lusa, garantiu
que esta alteração “não faz sentido nenhum”, lembrando que a “ideia de tributar
um património já de si é gravíssima, porque o património pode não gerar
qualquer rendimento”.
Para
Luís Menezes Leitão, quem ainda estiver a pagar a casa ao banco pode vir a ser
vítima de “reavaliações brutais” ao valor do imóvel.
Em
resposta enviada ao Notícias ao Minuto, o Ministério das Finanças referiu
ainda que “a experiência adquirida desde a reforma dos impostos sobre o
património no âmbito da avaliação predial urbana para efeitos fiscais, que
envolveu a avaliação de cerca de oito milhões de prédios, tem demonstrado que
existe necessidade de aumentar a amplitude deste coeficiente para que o mesmo
contemple, em particular, o aumento do valor de mercado dos prédios sujeitos a
obras de melhoramento sem alteração da idade (majorativo) ou em relação aos quais
ocorra algum sinistro nomeadamente um incêndio (minorativo)”.
“Por
outro lado, importa salientar que a aplicação deste coeficiente não é
discricionária, já que o mesmo é composto por vários indicadores resultantes
das diretrizes definidas pela Comissão Nacional de Avaliação de Prédios Urbanos
(CNAPU) e aprovadas por portaria do membro do Governo responsável pela área das
finanças”, lê-se na mesma nota.
Patrícia
Martins Carvalho – Notícias ao Minuto
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