Vários
homens ligados à justiça foram assassinados
A
passagem do primeiro aniversário da morte do procurador Marcelino Vilanculos
reabriu o debate sobre a necessidade ou não da protecção de magistrados, alguns
dos quais têm sido mortos por falta de segurança.
Vilanculos
foi morto a tiro no dia 11 de Abril do ano passado e os magistrados do
Ministério Público decidiram homenageá-lo.
Eles
aproveitaram o acto para pedir ao Governo no sentido de reforçar as medidas de
segurança pessoal, incluindo a indicação de ajudantes de campo e a protecção
das suas residèncias.
O
presidente da Associação Moçambicana dos Magistrados do Ministério Público,
Eduardo Sumana, explicou que as medidas poderiam ser selectivas, no caso de
magistrados que se ocupam de processos judiciais complicados.
O
analista Francisco Matsinhe entende que os magistrados estão expostos a riscos,
mas sublinha que a sociedade não se deve preocupar apenas com a segurança dos
juízes.
Contudo,
o jurista, José Machicame entende que a protecção é necessária, sobretudo para
os magistrados que lidam com processos sensíveis.
Sumana
considerou que Vilanculos foi morto por falta de segurança e, na opinião da
Presidente da Liga Moçambicana dos Direitos Humanos, Alice Mabota "isso
ocorreu porque há uma impunidade total".
Em
Dezembro do ano passado, a Procuradoria-Geral da República instaurou um
processo autónomo contra três indivíduos indiciados de autoria moral e material
na morte de Marcelino Vilanculos, mas explicou que dois dos indiciados estão a
monte e nunca mais se disse nada sobre o assunto.
Entre
as outras mortes mais mediatizadas de juristas em Moçambique, ainda não
esclarecidas, figuram as de Dinis Silica e de Giles Cistac.
Ramos
Miguel – Voz da América
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