Ana
Alexandra Gonçalves*
Tempos
houve em que a subserviência era característica maior dos representantes
políticos, sobretudo no contexto europeu. Todos se recordam da postura do
Governo português perante as instâncias europeias e perante o ministro das
Finanças alemão. Tempos diferentes, dir-se-á. Não, políticos diferentes apenas
isso. Exemplo: Portugal ainda não saiu do procedimento por défice excessivo,
embora esteja quase lá. Ainda assim e perante as constantes ameaças, os actuais
representantes políticos não se vergam, mostram personalidade e sobretudo
mostram o que é representar os cidadãos portugueses.
É
evidente que existe uma diferença entre Passos Coelho e o seu séquito e o
actual Governo: Passos Coelho e seus acólitos perfilhavam na totalidade a ideia
de que se deve matar um povo com doses cavalares de austeridade, apostando numa
postura de total subserviência. Tantas vezes Gaspar, Coelho e Albuquerque se
baixaram que se lhe viu o rabo. Visão que a todos nos embaraçou.
Façamos
um exercício fácil de executar: imagine-se a postura de Passos Coelho - caso
ainda fosse primeiro-ministro - perante o inefável Presidente do Eurogrupo.
Deixo tudo à vossa imaginação.
Este
é todo um mundo novo. Sem medo, sem graxa barata, com personalidade. Um mundo
novo que finalmente não nos envergonha a todos.
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