Martinho Júnior | Luanda
Três
anos depois da “normalização” das relações bilaterais entre Cuba e os
Estados Unidos, a única anormalidade provém do pesadelo canceroso que domina os
Estados Unidos: um exacerbado capitalismo imposto pela aristocracia financeira
mundial sobre o povo estado unidense, sobre a América Latina e sobre o resto da
humanidade!
A
janela aberta entre a administração de Barack Hussein Obama e o estado cubano
sob a clarividente e revolucionária direcção do comandante Raul de Castro, tem
sido fechada pela administração de Donald Trump, que tende a regressar às
origens dum contencioso de trevas que se arrasta dos tempos em que da expansão
se passava à construção do império e queriam fazer de Cuba, uma fruta madura
pronta a cair!
O
isolamento da hegemonia unipolar, na fase de barbárie e decadência em que se
encontra, há de inexoravelmente ocorrer em relação a Cuba (lembre-se os
resultados anuais da condenação ao bloqueio na Assembleia geral da ONU), mas
também em relação a muitos outros aspectos dos relacionamentos internacionais,
ainda agora observados com a trasladação da embaixada dos Estados Unidos para
Jerusalém, uma das últimas decisões da administração de Donald Trump.
Os “lobbies” que
têm sustentado as decisões de Donald Trump em relação a Cuba e em relação à
Palestina, cruzam-se nos mesmos corredores e por arrasto outro indício é a
posição de força, que não reconhece a necessidade de diálogo em busca de
consensos, em relação à Coreia (e não só em relação ao contencioso para com a
Coreia do Norte)!
A
humanidade pouco a pouco vai compreendendo o carácter do domínio que tomou de
assalto o poder dos Estados Unidos, com seus “sargentos às ordens” que
perfazem os turnos da Casa Branca: os Estados Unidos estão a tornar-se uma ilha
perversa, enquanto matriz dos pesadelos globais, enquanto a pequena e bloqueada
Cuba, tem já um destacado lugar, pela sua solidariedade, pelo seu
internacionalismo e pela sua imensa cultura de paz e respeito para com a Mãe
Terra!
Alguém
ousa dizer que o sonho da revolução cubana tem de ser extirpado, quando ele é
na verdade uma saudável matriz de prática e esperança para toda a humanidade?
Martinho
Júnior - Luanda, 17 de Dezembro de 2017
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