Eugénio Costa Almeida* | opinião | Pululu
Amanhã, 1 de Fevereiro de 2018,
poderá ser o “dia D” para a política Bissau-guineense.
Ou a nomeação de um
primeiro-ministro é formalmente aceite por todos, partido políticos,
organizações internacionais e CEDEAO ou o pais entra numa perigosa espiral que
poderá levar a uma de duas situações:
1.
ser totalmente ostracizado pela
comunidade internacional e seus políticos (por extensão, o País) serem
sancionados pela CEDEAO, CPLP, União Europeia e Nações Unidas, na linha do que
a organizações regional já o solicitou para o apoio a uma "aplicação
eficaz das sanções";
2. ou o País
entra, definitivamente, no clube dos “Estados Falhados” com todas as
consequências que daí podem advir; por exemplo, ser “tutelado” – e essa vontade
já vem de antanho – pelo Senegal!
Apesar do Presidente José Maria
Vaz “JOMAV” ter nomeado um novo primeiro-ministro, o embaixador e antigo MNE, Artur
Silva, a realidade é que a política interna está muito adoentada ao ponto
de, ontem, a polícia ter invadido a sede do PAIGC e expulso os congressistas
com meios que não se compreendem nem numa ditadura, quanto mais numa suposta
democracia conforme hoje foi transmitido na RTP-Africa e fotos colocadas por
João Carlos, no Facebook.
Ora esta anómala situação – até
porque não se compreende porque o Congresso foi impedido, pelo Tribunal, de se
realizar, se o 15 proscritos” já terão sido reintegrados no partido
criado por Amílcar Cabral, conforme ouvi, ontem, numa reportagem televisiva
–,já mereceu críticas de ONG questão envolvidas no processo de consolidação de paz
na Guiné-Bissau, "P5", pedem respeito pela lei e direito à
liberdade de reunião e de participação política.
Acresce que a #CEDEAO já fez
saber que mantinha a intenção de levar por diante as sanções a dirigentes políticos
Bissau-guineenses se não fosse indigitado um primeiro-ministro iaté
ontem e de consenso, conforme o estabelecido nos Acordos de Conacri. Ora, do
que já li e ouvi, o novo primeiro-ministro não parece gozar desse consenso,
pelo que é expectável que amanhã a CEDEAO comece a impor sansões ao já
debilitado país da CPLP.
Até porque o PAIGC, continua
a exigir que o primeiro-ministro seja o seu dirigente Augusto Olivais, proposto
no âmbito do Acordo de Conacri, e que parece ter tido o acordo da CEDEAO,
Ora sabendo que a CEDEAO, como
foi referido logo no início, terá solicitado à União Africana, à
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa – e aqui, Angola e João Lourenço
poderão ter um pepel importante dada a aproximação que, ancestralmente, têm com
o PAIGC e, agora, parece, com JOMAV –, à União Europeia e às Nações Unidas para
apoiarem uma "aplicação eficaz das sanções", aguardemos por o dia de
amanhã ou por algum comunicado que a CEDEAO hoje possa emitir a confirmar a
aceitação ou não de Artur Silva!
Até lá, “Quo Vadis Guiné-Bissau”?!
*Investigador do CEI-IUL e
Pós-Doutorando da FCS-UAN
*Eugénio Costa Almeida – Pululu - Página de um lusofónico
angolano-português, licenciado e mestre em Relações Internacionais e
Doutorado em Ciências Sociais - ramo Relações Internacionais - nele
poderão aceder a ensaios académicos e artigos de opinião, relacionados com a
actividade académica, social e associativa.
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