Mário
Motta, Lisboa
Em Portugal estamos no Inverno,
pois estamos. Tal facto não invalidou que deflagrassem “Mais de mil fogos nos primeiros meses do ano”. Fogos florestais, entendamos. Podemos ler no Jornal de
Notícias. No verão passado morreram mais de 100 pessoas devido aos fogos
florestais.
Entretanto, hoje, discutiu-se na
Assembleia da República uma vez mais sobre as leis que procuram evitar tais
calamidades e que foram dispostas pelo governo. Os deputados, da esquerda à
direita, na confrontação com o governo, na pessoa do primeiro-ministro,
insurgem-se com as leis e os avisos decorrentes aos agricultores e agentes que
são interessados no cumprimento da evitabilidade da propagação de fogos.
Da esquerda à direita, excepto
PS, vimos as forças políticas discordantes das medidas anti-fogos com ladainhas
de autêntico “serrar presunto”. Afinal acerca de leis que há doze (12) anos não
são cumpridas na floresta. Alegam que “não há tempo”, que “não existem meios
para cumprir o disposto nas leis”, que as autarquias não têm como cumprir o
estipulado legal, etc.
Riposta o primeiro-ministro com
os milhões destinados a apoiarem esse trabalho que pode e deve poupar bens e
vidas. Para proprietários de terrenos e para autarquias…
Se aquilo não foi um debate de
mete-nojo por parte dos partidos “queixosos”, no mínimo, então o que foi?
O que propõem os que formam uma
parede contra o que já devia ter sido posto em prática há doze (12) anos? Quer
dizer que vão passar o tempo a “queixarem-se” sem cumprir a lei, sem limpar a
floresta e os terrenos agrícolas, nem usando as verbas destinadas às tarefas? E
depois estarão na primeira fila a lamentar e criticarem o governo devido a mais
mortes, feridos e perdas de bens no próximo verão?
Disse o primeiro-ministro no
debate que urge “arregaçar as mangas e disporem-se ao trabalho”. E é isso
mesmo. Existem máquinas pelo país que podem ser alugadas para limparem os
terrenos (usem os milhões), se procurarem também existem voluntários para o trabalho… “Há muitas
maneiras de matar pulgas”, é comum dizer-se. E é verdade. Só que têm de
enfrentar a tarefa e “arregaçarem as mangas”. Têm de “vergar a mola”,
trabalharem… para pouparem bens e vidas. Para salvarem a floresta e a agricultura.
Deixem-se de lamentos e ajam.
Daqui por uns meses os vossos olhos poderão testemunhar que a obra está
cumprida e que muito provavelmente foram poupadas vidas. Isso não tem preço. O
nada fazerem e passarem o tempo em jogadas políticas, a “queixarem-se” é apanágio
dos preguiçosos e dos que se fazem vítimas por via da preguiça e de outras manhas (ou inaptidão) que em nada interessam ao país, à sociedade.
Infelizmente também se albergou
no parlamento a política da “queixa”, do lamento, da oposição fácil… mas estúpida,
que se destina a atirar areia para os olhos dos portugueses. Não têm mais para fazer?
Fica à vista, neste aspeto, que o governo
fez o melhor possível o seu trabalho. E vocês?
Foto Global Imagem
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