quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

FOGOS | O governo fez o melhor possível o seu trabalho. E vocês?



Mário Motta, Lisboa

Em Portugal estamos no Inverno, pois estamos. Tal facto não invalidou que deflagrassem “Mais de mil fogos nos primeiros meses do ano”. Fogos florestais, entendamos. Podemos ler no Jornal de Notícias. No verão passado morreram mais de 100 pessoas devido aos fogos florestais.

Entretanto, hoje, discutiu-se na Assembleia da República uma vez mais sobre as leis que procuram evitar tais calamidades e que foram dispostas pelo governo. Os deputados, da esquerda à direita, na confrontação com o governo, na pessoa do primeiro-ministro, insurgem-se com as leis e os avisos decorrentes aos agricultores e agentes que são interessados no cumprimento da evitabilidade da propagação de fogos.

Da esquerda à direita, excepto PS, vimos as forças políticas discordantes das medidas anti-fogos com ladainhas de autêntico “serrar presunto”. Afinal acerca de leis que há doze (12) anos não são cumpridas na floresta. Alegam que “não há tempo”, que “não existem meios para cumprir o disposto nas leis”, que as autarquias não têm como cumprir o estipulado legal, etc.

Riposta o primeiro-ministro com os milhões destinados a apoiarem esse trabalho que pode e deve poupar bens e vidas. Para proprietários de terrenos e para autarquias…

Se aquilo não foi um debate de mete-nojo por parte dos partidos “queixosos”, no mínimo, então o que foi?

O que propõem os que formam uma parede contra o que já devia ter sido posto em prática há doze (12) anos? Quer dizer que vão passar o tempo a “queixarem-se” sem cumprir a lei, sem limpar a floresta e os terrenos agrícolas, nem usando as verbas destinadas às tarefas? E depois estarão na primeira fila a lamentar e criticarem o governo devido a mais mortes, feridos e perdas de bens no próximo verão?

Disse o primeiro-ministro no debate que urge “arregaçar as mangas e disporem-se ao trabalho”. E é isso mesmo. Existem máquinas pelo país que podem ser alugadas para limparem os terrenos (usem os milhões), se procurarem também existem voluntários para o trabalho… “Há muitas maneiras de matar pulgas”, é comum dizer-se. E é verdade. Só que têm de enfrentar a tarefa e “arregaçarem as mangas”. Têm de “vergar a mola”, trabalharem… para pouparem bens e vidas. Para salvarem a floresta e a agricultura.

Deixem-se de lamentos e ajam. Daqui por uns meses os vossos olhos poderão testemunhar que a obra está cumprida e que muito provavelmente foram poupadas vidas. Isso não tem preço. O nada fazerem e passarem o tempo em jogadas políticas, a “queixarem-se” é apanágio dos preguiçosos e dos que se fazem vítimas por via da preguiça e de outras manhas (ou inaptidão) que em nada interessam ao país, à sociedade.

Infelizmente também se albergou no parlamento a política da “queixa”, do lamento, da oposição fácil… mas estúpida, que se destina a atirar areia para os olhos dos portugueses. Não têm mais para fazer?

Fica à vista, neste aspeto, que o governo fez o melhor possível o seu trabalho. E vocês?

Foto Global Imagem

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