Zillah Branco* | opinião
O mundo apresenta hoje um cenário
de guerra, com as contínuas ameaças feitas pelo imperialismo a várias nações,
de invasão territorial ou apropriação pela via econômica e política, das
riquezas naturais e da capacidade produtiva da sua população explorada e
escravizada. Os que fogem em busca de sobrevivência e paz, enfrentam os grupos
organizados como terroristas, traficantes, agentes de organizações criminosas
da prostituição e da venda de órgãos ou de escravos (instrumentos do
imperialismo).
A emigração forçada vai deixando
um rasto de morte por afogamento nos mares em que transitam em barcos
improvizados por esses agentes do imperialismo e chegam miserabilizados, como
se fossem gado, às barreiras criadas pelos países mais ricos (cercas de arame
farpado, forças policiais, muros, recusa alfandegária, armas apontadas). As
discussões políticas governamentais, instigadas pelos movimentos rascistas,
xenófobos, elitistas, economicistas, dos seus partidos conservadores,
apresentam argumentos numéricos para restringir a entrada possível de mão de
obra barata na sociedade organizada para servir a sua elite.
O tema "humanismo" não existe, a não ser como recurso demagógico em certos momentos de confronto com a opinião pública nacional ou internacional para manter o poder estruturado como previa a ONU. E, em consequência, os valores éticos e princípios relativos ao respeito humano, à honestidade, à fraternidade, à igualdade e à liberdade, ficam excluídos no cálculo aritmético dos interesses políticos.
É um regime fascista imperante. E, em função dos seus objetivos de poder, a mídia é organizada para formar uma consciência robotizada nas novas gerações com a cultura da desumanização que será aplicada nos serviços públicos privatizados. Alteram os conceitos de pedagogia nas escolas, de tratamento nos serviços médicos, de remuneração na legislação do trabalho, de previdência na segurança social, com repercussão na construção de cidades, de transportes, de habitações, de condição de vida e lazer. Quem é escravo não necessita o mesmo que a elite. Quem é gado sobrevive para ser escravo.
O Brasil caminha a passos largos para este modelo desde o golpe encabeçado por Temer em 2016. A herança democrática e os recursos econômicos deixados pelos governos de Lula estão sendo destruídos enquanto o Estado vai deixando escoar a justiça pelo ralo do direito instituido como terceiro poder. As forças de segurança agem com a mesma independência outorgada ao sistema judicial. O cidadão brasileiro não tem a quem recorrer. A literatura sobre a instauração do fascismo na Alemanha de Hitler explica em detalhes uma situação semelhante à que os brasileiros hoje suportam.
Uma amostra desta degradação institucional e política do regime atual, foi dada pelo programa midiático da TVCultura, Roda-Viva, ao entrevistar Manuela D'Avila pré-candidata à Presidência da República, na noite de 25/06/18. Utilizaram todos os recursos da baixeza depravada como técnica "profissional" para montar um circo com grande visibilidade e impedir que Manuela fosse ouvida e vista na sua grandeza pessoal e política. Falharam, para os que ainda conservam a sensibilidade de quem conhece a liberdade e o sentido humano. Graças a uma mídia paralela pode-se estender esta compreensão saudável e humanista ao povo que tem a consciência de luta desperta.
Esta lamentável e degradande exibição da TVCultura terá ferido a integridade de alguns profissionais e de personalidades que tenham um pensamento conservador? Serão considerados heróis pelos golpistas e seus seguidores?
Nesse processo fascizante que se alastra mundialmente muitas consciências despertam quando percebem onde leva esta escada rolante da dissolução dos princípios fundamentais da ética, da justiça, do humanismo, da solidariedade, da fraternidade, do respeito pela vida social e pela natureza, pela liberdade, pela democracia.
O povo brasileiro tem acordado com os vários sustos que se tornaram mais visíveis desde a ditadura militar de 1964. Depois de um período promissor liderado por Lula, em que conheceu algumas medidas de alívio à miséria e à discriminação social, étnica e de gênero, já somou as centenas de mortes dos seus líderes e as prisões sem provas, portanto arbitrárias, de quem lutou a seu favor dentro do Governo.
Este povo - trabalhadores, estudantes, professores, profissionais liberais, artistas, e suas famílias - há de definir uma plataforma de governo e impor um referendo revogatório de todas as medidas criminosas praticadas contra o patrimônio nacional. Com o desenvolvimento da consciência dos objetivos principais da luta vai estar unido em torno de quem o possa representar dignamente na chefia do Governo.
O tema "humanismo" não existe, a não ser como recurso demagógico em certos momentos de confronto com a opinião pública nacional ou internacional para manter o poder estruturado como previa a ONU. E, em consequência, os valores éticos e princípios relativos ao respeito humano, à honestidade, à fraternidade, à igualdade e à liberdade, ficam excluídos no cálculo aritmético dos interesses políticos.
É um regime fascista imperante. E, em função dos seus objetivos de poder, a mídia é organizada para formar uma consciência robotizada nas novas gerações com a cultura da desumanização que será aplicada nos serviços públicos privatizados. Alteram os conceitos de pedagogia nas escolas, de tratamento nos serviços médicos, de remuneração na legislação do trabalho, de previdência na segurança social, com repercussão na construção de cidades, de transportes, de habitações, de condição de vida e lazer. Quem é escravo não necessita o mesmo que a elite. Quem é gado sobrevive para ser escravo.
O Brasil caminha a passos largos para este modelo desde o golpe encabeçado por Temer em 2016. A herança democrática e os recursos econômicos deixados pelos governos de Lula estão sendo destruídos enquanto o Estado vai deixando escoar a justiça pelo ralo do direito instituido como terceiro poder. As forças de segurança agem com a mesma independência outorgada ao sistema judicial. O cidadão brasileiro não tem a quem recorrer. A literatura sobre a instauração do fascismo na Alemanha de Hitler explica em detalhes uma situação semelhante à que os brasileiros hoje suportam.
Uma amostra desta degradação institucional e política do regime atual, foi dada pelo programa midiático da TVCultura, Roda-Viva, ao entrevistar Manuela D'Avila pré-candidata à Presidência da República, na noite de 25/06/18. Utilizaram todos os recursos da baixeza depravada como técnica "profissional" para montar um circo com grande visibilidade e impedir que Manuela fosse ouvida e vista na sua grandeza pessoal e política. Falharam, para os que ainda conservam a sensibilidade de quem conhece a liberdade e o sentido humano. Graças a uma mídia paralela pode-se estender esta compreensão saudável e humanista ao povo que tem a consciência de luta desperta.
Esta lamentável e degradande exibição da TVCultura terá ferido a integridade de alguns profissionais e de personalidades que tenham um pensamento conservador? Serão considerados heróis pelos golpistas e seus seguidores?
Nesse processo fascizante que se alastra mundialmente muitas consciências despertam quando percebem onde leva esta escada rolante da dissolução dos princípios fundamentais da ética, da justiça, do humanismo, da solidariedade, da fraternidade, do respeito pela vida social e pela natureza, pela liberdade, pela democracia.
O povo brasileiro tem acordado com os vários sustos que se tornaram mais visíveis desde a ditadura militar de 1964. Depois de um período promissor liderado por Lula, em que conheceu algumas medidas de alívio à miséria e à discriminação social, étnica e de gênero, já somou as centenas de mortes dos seus líderes e as prisões sem provas, portanto arbitrárias, de quem lutou a seu favor dentro do Governo.
Este povo - trabalhadores, estudantes, professores, profissionais liberais, artistas, e suas famílias - há de definir uma plataforma de governo e impor um referendo revogatório de todas as medidas criminosas praticadas contra o patrimônio nacional. Com o desenvolvimento da consciência dos objetivos principais da luta vai estar unido em torno de quem o possa representar dignamente na chefia do Governo.
* Cientista Social, consultora do
Cebrapaz. Tem experiência de vida e trabalho no Chile, Portugal e Cabo Verde.
*Zillah Branco também colabora em
Página Global
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