A DECO questiona o Governo sobre
a Taxa de Ocupação do Subsolo que continua a ser cobrada depois de ter sido
eliminada em 2017.
Passou um ano e meio e a
Associação de Defesa do Consumidor (DECO) volta a exigir explicações. Um ano e
meio depois de ter sido eliminada, a Taxa de Ocupação do Subsolo ainda está a
ser cobrada aos clientes de gás natural quando já devia estar a ser suportada
pelas empresas que operam as redes de gás.
Os custos com esta taxa eram
suportados pelos consumidores de gás natural de cada município e a cobrança era
feita através das faturas do fornecimento do gás natural. A Lei do Orçamento do
Estado de 2017 (que entrou em vigor a 1 de janeiro desse ano), determinou que a
taxa passaria a ser paga pelas empresas operadoras de infraestruturas e não
podia ser refletida na fatura dos consumidores.
Um ano e meio depois, a medida
ainda não foi aplicada. Carolina Gouveia, jurista da DECO, pede ao governo que
faça rapidamente as necessárias alterações à lei.
"Essas alterações têm de ser
feitas com a maior brevidade. A decisão principal já foi tomada e, tendo em
conta o diploma de execução orçamental que indicava alguns passos que teriam de
ser seguidos, estamos na fase final já há bastante tempo", explica.
Carolina Gouveia defende a
importância de esclarecer os consumidores sobre o que é preciso ser feito e
porque é que ainda não foi feito. "Essa ausência de esclarecimento é o que
choca mais".
A DECO lembra que os consumidores
estão a ser prejudicados e por isso vai exigir a devolução dos valores pagos no
último ano e meio.
"Esta taxa varia muito de
município para município e tem uma parte variável e outra fixa, por isso,
depende do consumo e pode ter valores que pesem quase 40% na fatura dos
consumidores e noutros locais podem ser valores muito inferiores. O que nós entendemos
é que desde 1 de janeiro de 2017 esta taxa não devia estar a ser paga pelos
consumidores e que os valores que os consumidores têm pago desde essa data têm
de ser devolvidos aos consumidores", lembrando que é uma medida
"impactante no orçamento das famílias".
A TSF já pediu esclarecimentos à
secretaria de Estado da Energia.
Rui Silva | TSF
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