Não é de agora mas sim desde há
muito tempo que o trato de polé que a Agência Lusa dá à atualidade timorense, noticiada em português, se mantém. Regra geral ocorre nos períodos de descanso
ou de férias dos profissionais ali destacados, sendo incompreensível que não os
substitua atempadamente, não interrompendo durante dias e semanas as notícias
sobre a atualidade do país. Serviço que os contribuintes portugueses pagam para
em demasiados de vez em quando serem mal servidos.
O agravante de não existir mais
nenhum órgão de informação em português em Timor-Leste, sobre a atualidade do
país, causa uma grande "branca" acerca do que ali acontece. E existem
fases em que realmente os acontecimentos ocorrem e não existe nem uma palavra
sobre eles em português. O mesmo não acontece em tétum, língua pátria
timorense, em que a informação é profícua e constante.
Evidentemente que a
responsabilidade do que está a acontecer há tanto tempo não tem por
responsáveis os profissionais que para aquele país lusófono são destacados mas
sim muito mais além na hierarquia. Contudo, ao que parece, em Lisboa, na sua
sede, a Lusa não está disposta a prestar esclarecimentos sobre as políticas de
"não informação" que ciclicamente ocorrem em Timor-Leste.
Na Lusa, como em outras empresas
públicas, o "segredo é a alma do negócio". Nem mesmo os que pagam o
"negócio" têm o direito ou merecem ser informados sobre as
dificuldades que levam a privar-nos de ter acesso a informação sobre
Timor-Leste. O que não destoam da prática portuguesa do "pagam e não
bufam".
E depois falam tanto em
lusofonia... Sim, sabe-se que até durante o colonialismo Timor era sempre
ignorado ou protelado para último. Basta de tanto desprezo apesar das caras de
pau de "grandes amigos", no caso a Agência Lusa.
Mário Motta = António Veríssimo |
em Timor Agora
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