De acordo com um recente
comunicado militar do Comando Indo-Pacífico dos EUA, no início de agosto
bombardeiros B-52 da Força Aérea dos EUA sobrevoaram o mar da China Oriental,
nas proximidades do Japão, como parte de uma missão conjunta de treinamento com
a Marinha dos EUA.
Dois bombardeiros B-52
Stratofortress da Força Aérea e dois aviões P-8 Poseidon da Marinha realizaram
voos na região, no dia 1º de agosto, para melhorar a "integração das
forças armadas", informou o Departamento de Relações Públicas da Força
Aérea dos EUA no dia 3 de agosto.
Desde 2004, o Comando
Indo-Pacífico dos EUA (USINDOPACOM), conduziu o chamado programa de
"Continuous Bomber Presence" (CBP), afirma o comunicado.
De acordo com o USINDOPACOM, os
exercícios foram realizados dentro do espaço determinado pelas leis
internacionais, um espaço considerado "vital para os princípios que são a
base do sistema operacional global baseado em regras".
Os voos podem ter prosseguido por
mais de um dia, enquanto imagens da Força Aérea datadas de 2 de agosto mostram
que um B-52 foi reabastecido.
De acordo com anúncios do governo
dos EUA disponíveis publicamente, uma aeronave B-52 voou para o mar da China
Oriental, depois de decolar da Base da Força Aérea de Barksdale, no Louisiana.
Depois de conduzir uma missão de treinamento de rotina, os aviões aterrissaram
na Base Aérea de Andersen, Guam, um território dos EUA na Micronésia.
Em junho, a porta-voz do
Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying, não pareceu apreciar
a presença de bombardeiros americanos no mar do Sul da China. "Correr
livremente é arriscado", disse ela aos repórteres.
"A China não terá medo de
nenhum navio ou aeronave militar e tomaremos todas as medidas necessárias
para defender a soberania e a estabilidade do país, para proteger a paz e a estabilidade
do mar do Sul da China", disse a porta-voz.
Os EUA criticaram repetidamente
Pequim por militarizar as áreas disputadas do mar do Sul da China com a construção
de infraestruturas militares em arquipélagos também reivindicados por várias
outras nações. Em junho, após outra incursão de um B-52 na região, Hua disse a
repórteres durante um briefing: "Espero que os EUA deixem claro se estão
considerando enviar armas estratégicas ofensivas como bombardeiros B-52 ao mar
do Sul da China para militarizar […] Se você costuma ter alguém chegando à sua
porta fortemente armado, você não deveria fortalecer suas capacidades de
segurança e defesa?"
Sputnik | Foto: AP Photo/ Mindaugas Kulbis
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