sábado, 15 de setembro de 2018

UMA LONGA LUTA EM ÁFRICA – VIII

Martinho Júnior | Luanda 

16- Se o livro “Alcora, o acordo secreto do colonialismo” dos historiadores militares portugueses Aniceto Afonso e Carlos de Matos Gomes, foi dado à estampa apenas em Setembro de 2016, em 2017 cinco livros da autoria da historiadora espanhola Maria José Tiscar Santiago, a partir de outros ângulos de aptidão para compendiar a história referente à África Austral entre o 4 de Fevereiro de 1961 e o 25 de Abril de 1974, incidiu sobre o vasto papel da internacional fascista em África.

María José Tíscar Santiago, nascida em 1955, licenciada em Filosofia e Letras e doutorada em História, tem exercido a docência em diversos liceus em Espanha, Alemanha, França e no Instituto Espanhol de Lisboa, é autora dos seguintes cinco livros históricos que contribuem para “iluminar” a compreensão dos fenómenos contemporâneos que desde a década de sessenta do século XX decorrem sobre e na África Austral (trilha da internacional fascista):

“A PIDE no xadrez africano – Angola, Zaíre, Guiné, Moçambique”, “A contrarrevolução no 25 de Abril”, “Diplomacia peninsular e operações secretas na Guerra Colonial”, “O 25 de Abril e o Conselho de Estado: a questão das Actas” e “O Pacto Ibérico, a NATO e a Guerra Colonial”.

Não tive acesso até ao momento a esses livros, pelo que me socorro do que fui recolhendo de algumas poucas pesquisas que me foram possíveis fazer à volta do tema do Exercício ALCORA, sublinhando que só agora, a partir de 2016, esses assuntos que deveriam ter sido divulgados desde logo com o 25 de Abril de 1974, estarem a ser do conhecimento público.

A “civilização cristã ocidental” soube gerir os aproveitamentos dos ganhos com a formlação, no âmbito da internacional fascista na África Austral, do Exercício ALCORA, até nossos dias, empatando desde logo os “operacionais” enquanto houve “border war”, para depois resvalar o jogo dos interesses revertendo-os para o jogo de interesses no âmbito da hegemonia protagonizada pelo capitalismo financeiro transnacional, onde se inscrevem os interesses do cartel do ouro, dos diamantes e da platina, em conformidade com o“lobby” dos minerais que sustentam o Partido dem0crata dos estados Unidos!

Um dos exemplos mais flagrantes disso é o “curriculum” do “Comandante” Francisco Daniel Roxo e do seu aproveitamento como“exemplo” até nossos dias!

Entendo que esse conhecimento tardio (e tenho-me socorrido de bastos exemplos comprovativos) tem sido deliberado: sendo a PIDE/DGS extinta em Portugal, os seus quadros em África primeiro foram oficialmente aproveitados pela Informação Militar das Forças Armadas Portuguesas, para logo de seguida, dada a natureza convulsa e prolongada do próprio processo de descolonização (que para mim ainda tem, embora noutros moldes, o seu curso, ou reflexo), se irem passando “com armas e bagagens” para a Rodésia, mas sobretudo para a África do Sul, dando continuidade aos seus serviços encaixando-se nas disponibilidades do“apartheid” e no cartel do ouro, da platina e dos diamantes.

Realço o rescaldo da apresentação do livro "A PIDE no Xadrez Africano - Angola, Zaire, Guiné, Moçambique (Conversas com o Inspector Fragoso Alas)".

O lançamento teve lugar na 3ª feira, dia 24 de Outubro de 2017, pelas 18:00, na Comissão Portuguesa de História Militar (Palácio da Independência, Largo de São Domingos, Lisboa), há pouco menos de um ano.


A sinopse (excertos) da apresentação é esta:

“Tanto a PIDE como África, temas fundamentais do livro, estão ainda muito vivos na sociedade portuguesa, muito embora tenham passado mais de quarenta anos sobre o 25 de Abril.

A PIDE e a guerra de África foram alvo de intensa luta política no então regime vigente e, por isso, o tema reveste-se de alguma sensibilidade, mas que não perturbou a investigadora.

[...]

O historiador deve colocar-se numa posição clara de isenção e rigor no esclarecimento dos factos, o que foi plenamente conseguido pela professora Tíscar.

Interessa pois, destacar a qualidade da investigação, aliás, bem documentada.

[...]

O livro evidencia a importância das conversas com o inspector Fragoso Allas.

[...]

A qualidade do seu trabalho e credibilidade foram atestadas pelo General António de Spínola, para quem trabalhou na Guiné e teve decerto influência, mais tarde, logo após o 25 de Abril, para que o General Costa Gomes viesse introduzir uma alteração ao Programa do Movimento das Forças Armadas, em que a DGS, ainda que fosse extinta na Metrópole, se mantivesse no Ultramar até mais tarde, o que se veio a verificar.

[...]

Este excelente trabalho da professora María José Tíscar, representa uma contribuição notável para o conhecimento da História Portuguesa das Informações, num período difícil da guerra em África.

(Rodolfo António Bacelar Begonha, MGen ref)”


Como sempre há a realçar:

. Os convidados para tecer consideração sobre esse tipo de livros, são sobretudo militares (oficiais generais, ou superiores e outros militares estudiosos de assuntos militares e geoestratégicos), ou outras entidades portuguesas (políticos, diplomatas, ou“estrategas”), verificando-se a ausência de angolanos, ou de africanos nas apreciações;

. As editoras e os locais de apresentação dos livros serem sobretudo ibéricos, não havendo memória de alguma vez haver participação de editoras angolanas, ou africanas, ou latino-americanas, em assuntos de natureza comum que carecem ser observados, tão objectivamente quanto o possível, de todos os ângulos de percepção;

. Os focos de abordagem sobre a Guerra Colonial, continuam a ser substancialmente na perspectiva da Península Ibérica e da África do Sul, raramente citando sequer obras de autores angolanos, apesar disso ser já hoje possível (recordo a Associação Tchiweca de Documentação, a Fundação Dr. António Agostinho Neto e os arquivos quer do MPLA, quer da FNLA e da UNITA, quer de alguns organismos oficiais);

. Esses mesmos focos não levam ainda em conta que em função da actuação do imperialismo, quer Portugal, quer a África do Sul, se condicionarem enquanto instrumentos, nas suas obrigações filosóficas, doutrinais, ideológicas e funcionais, ao “diktat”que fomentou a hegemonia unipolar, em função dos exclusivos interesses do capitalismo financeiro transnacional;

. O alvo principal dos focos continuar a ser preferencialmente Angola (no caso do livro cuja sinopse sublinhei, um vívido realce sobre uma reinterpretação relativa à formulação ideológica e prática do spinolismo, muito tempo depois do desaparecimento físico do General António de Spínola).

Essa tendência é um elemento precioso para radiografar e reavaliar o interesse das abordagens sócio-políticas, diplomáticas, económicas e de inteligência nos relacionamentos portugueses para com África, num esforço de assimilação que nunca parou e persistentemente se continua a reflectir, em relação ao qual assumo por inteiro consciência e percepção crítica.

Por diversas vezes tenho tocado por exemplo, nos papéis de Mário Soares e de Cavaco Silva no aproveitamento da “esteira” do Exercício ALCORA, mas não posso deixar em branco o papel estratégico do actual Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, exposto na sua própria trajectória: de componente da “ala liberal” de Marcelo Caetano, a um estratega do “Arco de Governação”, à estratégia da “Geringonça”, uma aparentemente “insuspeita” continuidade, que é reveladora de quanto o passado tem sido aproveitado pelo processo político português do após 25 de Novembro de 1975 até hoje, sem perder a“qualidade” de muitos dos seus vínculos, inclusive vínculos propiciados pelas cátedras e pelos exercícios jurídicos, cuja raiz começou a ser diluída enquanto durou a internacional fascista (em Portugal durante a vigência do professor Marcelo Caetano)!

O carácter do professor Marcelo Rebelo de Sousa, irreverente, pragmático, “comunicólogo” da escola do “Expresso” do Bilderberg Francisco Pinto Balsemão e um inveterado “fazedor de opiniões”, permite esconder vínculos e aprimorar os aproveitamentos, ancorando tudo à versátil raiz “cristã” de sua filosofia e à utilidade do exercício de sua constante cátedra comunicativa.

Foi preciso a ignição da estratégia da “Geringonça” para, “filtrando” historicamente o que é de conveniência a partir de 2016, mesmo assim manter sempre um ponto de vista e de focagem vinculada ao sentido Europa-África, sem qualquer abertura sequer ao eventual “efeito boomerang” e inibindo o contraditório no sentido África-Europa.

Sem dúvida que os processos de assimilação a favor dos poderosos de então e de agora continuam e a prova tem sido, entre muitas outras, o facto de ao se inibirem tantas evidências históricas ao papel de Portugal durante o tráfico de escravos, continuar-se sub-repticiamente a evocação da ideologia das caravelas, na “dilatação da fé e do império”, algo que permite à continuidade das redes “stay behind” da NATO em Portugal e se reflecte nos espelhos de relacionamento de Portugal para com os outros, em especial para com África!

Constate-se quanto Portugal tem sido refractário ao deliberadamente procurar inibir ou apagar qualquer discussão sobre a imensa dívida que contraiu para com o continente-berço e daí o seu sobranceiro alheamento em relação à decisão cubana de pagar a dívida histórica para com África aliando-se ao movimento de libertação e mantendo espírito e capacidades solidárias e internacionalistas em sectores tão críticos como os da educação e da saúde.

O caudal de luta de Cuba em relação à libertação do continente-berço e luta contra o subdesenvolvimento em África, continua a ser esquecido em Portugal como fonte e as editoras e autores cubanos não são tidos nem achados, por tabela também na Angola do depois do 31 de Maio de 1991, em conformidade com o que está subjacente ideologicamente e na prática ao Acordo de Bicesse!

Por conseguinte, Portugal alheia-se por completo também em relação às legitimamente justas estratégias do CARICOM na tentativa das pequenas nações insulares do Caribe vencerem o isolamento que atinge milhões de descendentes dos escravos que nas ilhas daquela região foram à força depositados, como se alheia, ou mantém distância, em relação às questões raciais, sociais, antropológicas e sócio-políticas mais prementes da complexa sociedade brasileira, em resultado de razões psicológicas e sociais da memória cuja raiz é o tráfico de escravos…

Em Portugal não há suficiente capacidade consciente disponível para se reconhecer quanto as revoltas dos escravos afrodescendentes foram a força motriz para a descolonização da América Latina e são hoje um manancial de luta contra o capitalismo financeiro neoliberal e transnacional!

A tendência para incentivar os processos de assimilação nos relacionamentos para com África, forjando as mentalidades de conveniência e inibindo a consciência crítica, mantêm-se e isso é um manancial cujos vínculos, via Portugal, são aproveitados em nossos dias por outros, inclusive pelas redes “stay behind” da NATO.

  
17- A pressão das redes de inteligência da internacional fascista sobre o MPLA, sobre António Agostinho Neto e sobre os que lhe foram leais, não acabou com a independência de Angola, mas passou a ser aproveitada pelos “metamorfoseados” serviços de inteligência portugueses “fluentes” do passado e da NATO, transferindo-se em parte a “intensidade” dos expedientes, depois de se alcançar a paz em Angola com o Entendimento do Luena a 4 de Abril de 2002, para os relacionamentos económicos.

É evidente que os enredos do ”apartheid” digeriam também as diferenças e por isso os governos do “Arco de Governação” jamais sonharam em cortar relações com a África do Sul por causa desse “apartheid”: a defesa da “civilização cristã ocidental”, conforme ao “Le Cercle”, propiciava a plataforma comum contra “o comunismo”… 

A “esteira” do Exercício ALCORA após o 25 de Novembro de 1975, uma vez que só houve sua denúncia pública em Setembro de 2016, teve assim períodos distintos:

. De 25 de Novembro de 1975, a 2 de Março de 1986 (data em quea segurança de estado angolano foi sujeita à contingência do“pragmatismo” duma perestroika já em curso em Angol), um velado e discreto alinhamento agressivo (por vezes ofensivo), com os processos de subversão contra Angola, salvo alguns expedientes de excepção (como por exemplo a questão dos refugiados katangueses);

. De 2 de Março de 1986, a 31 de Maio de 1991 (data do Acordo de Bicesse), um acompanhamento que esteve muito atento ao colapso dos aliados socialistas de Angola, a fim de procurar, em termos de influência e ingerência, uma transladação tendente a ocupar o espaço vazio deixado em aberto e criando enlaces que permitiram perturbações dentro dos instrumentos de poder e o fim do Partido do Trabalho;

. De 31 de Maio de 1991 a 4 de Abril de 2002 quando, aproveitando o fim do Partido do Trabalho, o desestabilizar da Segurança do Sstado e o fim das FAPLA, se propiciaram “democraticamente” todas as condições para dar início ao ciclo de capitalismo neoliberal a soldo dos interesses do capitalismo financeiro transnacional por via do choque protagonizado por Savimbi, ele próprio uma sequela colonialista, neocolonialista e do “apartheid”;

. De 4 de Abril de 2002 até hoje, possibilitando a assimilação propícia à terapia capitalista neoliberal, conforme aos “mercados”regidos pelo capitalismo financeiro transnacional e ao seu “soft power” consubstanciado nos modelos de sua sociedade de consumo, onde a disseminação de meios surgidos por via da revolução das novas tecnologias têm um papel pressionante de ponta, papel esse aproveitado pela inteligência económica portuguesa e pelos resíduos ideológicos cujo curso advém da assimilação em tempo colonial.

No primeiro período (de 25 de Novembro de 1975 a 2 de Março de 1986), um pouco mais de dez anos, foi garantido ainda que sob disciplina do segredo e da clandestinidade possíveis, o relacionamento com o “apartheid” empenhado na “border war” em Angola desde 1968, pelo que se deram sequência a muitos vínculos de inteligência decorrentes activamente dos processos inerentes ao Exercício ALCORA.

Os Inspectores da PIDE/DGS e operacionais como Daniel Roxo refugiados na África do Sul do “apartheid”, se encarregaram de, com armas na mão, serem conjuntamente com os tentáculos do ELP, Exército de Libertação de Portugal, alguns dos “frutos” ao sabor de ideólogos como Jaime Nogueira Pinto, apto para os “Jogos Africanos” a coberto do “Le Cercle”.

Os alvos a derrubar, a subverter, a enfraquecer ou a neutralizar durante esses 10 anos foram a República Popular de Angola, o Presidente António Agostinho Neto e os instrumentos do seu poder, assim como o MPLA, particularmente depois da sua proclamação como Partido do Trabalho.


Os acontecimentos que estão na origem da eclosão do 27 de Maio constituem o “apogeu” desse esforço “subterrâneo” durante esse período, só possível após a deriva catapultada pelo 25 de Novembro de 1975 (se a instalação da contrarrevolução tivesse ocorrido antes, a independência de Angola teria outra história de “descolonização”).

Um dos ensaios antecipados que ocorreu foi a Conferência do Alvor, que tanto contribuiu para a lavagem da imagem de Savimbi, (concomitantemente com o seu reconhecimento por parte da OUA), sob o ponto de vista de relacionamentos internos e internacionais, “alavancando-o” para o que a seguir desse e viesse.

Todos os sinais de conexão externa com a eclosão do 27 de Maio são fluentes a partir de Portugal, num evidente aproveitamento dos “ganhos”, em termos de vínculos da PIDE/DGS, quer em relação à 1ª Região Político Militar do MPLA, quer em relação a algumas franjas agenciadas para dentro das redes clandestinas do MPLA em Luanda, algumas delas relativamente frescas.

Muitas dessas redes, algumas delas ainda sem terem alcançado a maturidade, na maior parte dos casos foram decorrentes dos fenómenos desencadeados ao nível de várias instituições locais em resultado da onda emocional e psicológica inerente ao 25 de Abril, quando até os quadros da PIDE/DGS em Angola prolongaram o seu serviço activo integrados nas Forças Armadas Portuguesas, Informação Militar, ou tiveram tempo de se transladar para a África do Sul, colocando-se ao serviço da inteligência do “apartheid”, ou da inteligência do cartel.

A lentidão, os sobressaltos, as ingerências e as manipulações sobre a “descolonização” decorreram em parte na “esteira” dessa deliberadamente escondida fluência do Exercício ALCORA, aproveitando os “stay behind” da legião estrangeira do “apartheid”(visíveis por exemplo com o Batalhão 32, Búfalo)

Além do mais a eclosão desse fenómeno possibilitou o fracionamento de famílias influentes da capital angolana que tendo estado integradas nos expedientes de assimilação durante o colonialismo, haviam também integrado os esforços do movimento de libertação em África, atraídas pela sua modernidade e coerência histórica.

Essas influências relativas à eclosão do 27 de Maio fraccionando o MPLA e minando o poder de estado, se falharam em relação ao seu “plano A”, propiciaram aproveitamentos intestinos que desenvolveram acções como se prevalecesse um “plano B”…

Esses aproveitamentos tiveram tempo, entre outras iniciativas, para contribuir para atirar sobre Moscovo responsabilidades sobre o fraccionismo (intoxicando nessa versão muitos incautos), de forma a diminuir a visão ou apagar os evidentes vínculos que à época integravam as fórmulas de assimilação que continuavam a prender-se a Lisboa!...

Em Angola havia um manancial que na “esteira” do Exercício ALCORA era para continuar a explorar (para além da trajectória de Savimbi): muitos dos que haviam sido formatados pelos expedientes “soft power” da assimilação colonial por via da “A-Psic”,passaram a ser recurso para, numa 1ª fase entre 25 de Novembro de 1975 e 2 de Março de 1986, perturbar a República Popular de Angola, perturbar o Partido do Trabalho e o poder de estado do Presidente António Agostinho Neto, até ao seu falecimento a 10 de Setembro de 1979…

Martinho Júnior - Luanda, 1 de Setembro de 2018

Imagens:
Mapa dos componentes-chave do Exercício ALCORA, a internacional fascista na África Austral;
Daniel Roxo, um dos operacionais e fieis intérpretes da continuidade do Exercício ALCORA após o 25 de abril de 1974, em nome da “civilização cristã ocidental”;
O Batalhão 32, Búfalo, um manancial de aproveitamentos que, em função da “border war”, deram continuidade à consistência operacional do Exercício ALCORA;
Um dos livros de Jan Breytenbach – trajectória dum operacional que deu continuidade ao Exercício ALCORA e, aproveitado pelos interesses do cartel do ouro, dos diamantes e da platina, fez a “reconversão verde” tão propícia aos estímulos que se conjugaram no sentido do surgimento do“Kawango and Zambezi Trans Frontier Conservation Area”;
Outro livro do mesmo autor, denunciando Savimbi para  melhor inaugurar o KAZA-TFCA, exemplo de outro aproveitamento prático e sequencial da esteira propiciada pelo Exercício ALCORA .

Anteriores de Martinho Júnior:

Algumas outras consultas:
A PIDE no Xadrez Africano - Angola, Zaire, Guiné, Moçambique (Conversas com o Inspector Fragoso Alas) – http://ultramar.terraweb.biz/06livros_MariaJoseTiscar.htm
Página de Daniel Roxo no Facebook – https://www.facebook.com/groups/125895124138031/  
Aqui Rádio Moçambique livre – https://www.dailymotion.com/video/x256vxc



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