sábado, 3 de novembro de 2018

Quando a bola é redonda | Benfica na mó de baixo e sem Vitória?


Acontece aos melhores. Alguma vez também têm de ficar na mó de baixo e perder. É o caso do Benfica, como de outros clubes. Daí a construir-se um drama vai muita paranóia, muito clubismo irracional e injustificado. Compreende-se, são as emoções. Disso trata o que aqui lhe trazemos do Notícias ao Minuto. Nem que seja para mais tarde recordar, quando o Glorioso regressar às vitórias, com ou sem Vitória, o atual treinador. Aqui para nós, Vitória não merece esses tais lenços brancos de “despedida” mas sim de exigência permanente de que os onze vença, vença. Vença sempre, o que pode constituir de vez em quando uma impossibilidade. A bola é redonda e os adversários também jogam. (Redação)

Três jogos, três derrotas. E a Luz perdeu a paciência com Rui Vitória

Assobios, gritos de 'demissão' e lenços brancos para o treinador do Benfica após a derrota com o Moreirense, por 1-3.

O Moreirense agravou, esta sexta-feira, a crise de resultados pelo qual o Benfica atravessa, ao vencer em pleno estádio da Luz por 3-1. Esta foi a terceira derrota consecutiva dos encarnados, numa noite em que a Luz perdeu, de vez, a paciência com Rui Vitória.

Assim que Nuno Almeida apitou para o final do encontro da nona jornada, o reduto das águias foi ‘inundando’ por uma monumental assobiadela, no meio da qual ressaltaram gritos de ‘demissão’ e alguns lenços brancos.

Os encarnados entraram bem, com um golo de Jonas logo aos dois minutos, mas permitiram a reviravolta a uma equipa bem orientada por Ivo Vieira, que fez a festa graças aos tentos de Chiquinho, Pedro Nuno (ambos dispensados do Benfica no último verão) e Loum.

'Fantasmas' transformaram-se em 'assombração' 

Rui Vitória queria ultrapassar os ‘fantasmas’ das derrotas com Ajax e Belenenses SAD, e esboçou um sorriso quando Jonas marcou logo na primeira ocasião de que dispôs. No entanto, foram precisos apenas três minutos para esse mesmo sorriso desaparecer.

Chiquinho, com um belo remate de fora da área, repôs a igualdade no marcador, e Pedro Nuno, após uma arrancada de Arsénio, consumou a ‘cambalhota’ no resultado. O terceiro e último golo da noite surgiu aos 36 minutos, quando Loum desferiu uma ‘bomba’ que não deu hipóteses a Vlachodimos.

Já no segundo tempo, o treinador encarnado fez ‘all in’, ao lançar Salvio e Castillo para o lugar de André Almeida e Pizzi. O Benfica ‘acampou’ no meio-campo adversário, mas, com exceção de dois lances duvidosos na grande área, não conseguiu incomodar o Moreirense.

Pelo meio, houve ainda lugar para a expulsão de Jardel, que perdeu a cabeça e agrediu Arsénio com uma cotovelada. Uma ‘ajuda’ da qual, certamente, Rui Vitória dispensaria num dos mais delicados momentos desde que assumiu as rédeas do clube da Luz.

Cónegos históricos deixam águias 'encarnadas' de vergonha

Quanto ao Moreirense, saiu da Luz com aquela que é a primeira vitória de toda a sua história num dos estádios dos chamados três ‘grandes’ do futebol português. Um registo inédito, ao qual se soma um outro: o de ter marcado três golos num palco desta dimensão.

Este é, aliás, o melhor arranque de temporada de sempre por parte dos cónegos. São já 13 pontos conquistados ao cabo de nove jornadas, o que lhes vale o sétimo lugar, à condição. E isto depois de já ter também defrontado Sporting e FC Porto, ainda que sem a mesma felicidade.

Já o Benfica, averbou a terceira derrota consecutiva, algo que não acontecia há já oito anos. Além disso, contabiliza dez golos sofridos, o pior registo defensivo à nona jornada desde 2001/02. Na altura, era Toni que assumia as rédeas do clube da Luz.

Os encarnados são terceiros classificados, mas poderão cair para a quinta posição. O ambiente é de cortar à faca, isto a apenas cinco dias da receção ao Ajax, que, em caso de derrota, complicará (e muito) as contas do apuramento para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões.

Carlos Pereira Fernandes | Notícias ao Minuto | Foto: Global Imagens

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