Joaquim Jorge comenta o que
classifica de “rombo no dinheiro público dos contribuintes portugueses na Caixa
Geral de Depósitos”.
Joaquim Jorge defende, esta
segunda-feira, num artigo de opinião enviado ao Notícias ao Minuto, que
“Portugal não tem ponta por onde se lhe pegue, é uma lástima e é um peso enorme
para os portugueses. Porque quem nos governou desmantelou este país que se tornou
inviável e sem saída continuando a andar aos trambolhões”.
“Foram aprovados 80 créditos sem
qualquer controlo que causaram perda de 769 milhões de euros; recomendações
desfavoráveis das comissões de crédito de risco ignoradas provocando perdas de
48 milhões de euros; entre outros. Conclusão, os prejuízos para a CGD ascendem
a 1.647 milhões de euros por gestão danosa”, destaca.
Para Joaquim Jorge não há dúvidas
de que “somos um país de mansos, de distraídos, de cobardolas e de
indiferentes, que nos deixamos governar e dirigir por este tipo de pessoas”, o
que o deixa sem palavras perante “tanto compadrio, desleixo,
desresponsabilização”.
O biólogo de profissão diz ainda
que o caso da CGD é apenas mais um, porque o “anormal” em Portugal é não haver
casos “lamentáveis” de corrupção.
“Não tenho dúvidas que em
Portugal há gente séria, mas contam-se pelos dedos e cada vez é mais rara. Ser
honesto, honrar a palavra e o compromisso, ser responsável pelos seus atos é
algo em extinção. Quem
o faz é lorpa, imbecil, néscio e palerma”, refere.
Joaquim Jorge explica ainda que estes
rombos nos bancos portugueses “dariam com certeza para respeitar os
professores, acalmar os enfermeiros, juízes e polícias, ter melhor SNS e ensino
público” e que a gestão danosa da CGD é “mais um insulto ao comum dos
portugueses que paga os seus impostos e faz imensa ginástica para chegar ao fim
do mês com dinheiro no bolso”.
Já em jeito de conclusão, defende
que quem permite que se empreste dinheiro de um banco público sem garantias
“deveria ir preso” porque, parafraseando o escritor brasileiro Vinci Tadeu,
‘quem rouba, rouba seja de Direita ou de Esquerda é indiferente’”. Só é pena,
escreve Joaquim Jorge, que o Ministério Público “não tenha mãos a medir, para
cuidar da ordem e da lei”.
Natacha Nunes Costa | Notícias ao
Minuto | Foto: Joaquim Jorge
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