O deputado Moisés Ferreira
comenta a possibilidade de os grupos privados de saúde abandonarem os acordos
com a ADSE.
O Expresso noticiou esta
quarta-feira que os grupos privados José de Mello Saúde e a Luz Saúdes se
estariam a preparar para abandonar os acordos com a ADSE em abril. Uma intenção
que, no entanto, a ADSE não confirma.
Apesar disso, a notícia originou
reação da parte do Bloco de Esquerda. Moisés Ferreira, deputado que se dedica à
pasta da saúde, analisa a questão lembrando os 38 milhões de euros que os
hospitais privados cobraram a mais, os quais a ADSE exigiu no final do ano
passado.
“Os hospitais privados recusam-se
a entregar à ADSE 38 milhões de euros que cobraram indevidamente. E como forma
de chantagem, ameaçam agora cortar a prestação de cuidados de saúde aos
beneficiários deste subsistema”, comenta, questionando ainda: “Percebem
agora porque não podemos ter a Saúde refém dos privados?”
Sem confirmar a intenção destes
dois grupos privados, a ADSE avisa que se tal vier a acontecer que fará
acordos com outros grupos.
"A ADSE comunica aos seus
beneficiários que a notícia publicada no Expresso sobre a denúncia das
convenções dos grandes grupos privados não tem fundamento. Existem prazos
contratuais que constam das convenções que têm de ser cumpridos
quando se procede à denúncia de uma convenção", pode ler-se
no comunicado divulgado pelo instituto de gestão participada.
Mais adiante, pode ler-se ainda:
"A ADSE está atenta aos acontecimentos e face ao crescimento
significativo da oferta privada de cuidados de saúde em Portugal irá
fazer novas convenções com outros prestadores se se vier a
concretizar esta ameaça".
Melissa Lopes | Notícias ao
Minuto | Foto: © Blas Manuel/Notícias ao Minuto
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