Bissau, 26 abr 2019 (Lusa) - O
presidente da Associação de Exportadores da Guiné-Bissau, Mamadu Iero Djamanca,
disse hoje que a campanha de comercialização e exportação de caju não está a
correr bem.
“A campanha não está a correr
bem, desde o mato até aos armazéns, e há razões para isso", afirmou Mamadu
Iero Djamanca, depois de um encontro com o primeiro-ministro para analisar a
campanha e durante a qual foi pedido a todos para darem uma contribuição para
que as coisas corram melhor.
Segundo Mamadu Iero Djamanca, o
Governo tem de contar à população à verdade e dizer que o problema não é só da
Guiné-Bissau, está a acontecer em todos os países da sub-região, embora
considere que é necessário melhorar o preço que está a ser feito pelo produtor.
A campanha de comercialização e
de exportação de castanha de caju na Guiné-Bissau teve início a 30 de março com
um preço de referência de 500 francos cfa (cerca de 0,75 cêntimos de euro) por
quilogramas, mas os agricultores, que se têm queixado de falta de compradores,
têm estado a vender a castanha a cerca de 300 francos cfa (cerca de 0,45
cêntimos de euro).
Mamadu Iero Djamanca admitiu que
seria possível comprar a castanha de caju ao produtor a 500 francos cfa, desde
que o preço de mercado o permitisse.
"Mas há muitos países a
produzir caju e que não produziam no passado e os países que tradicionalmente produzem
caju têm este ano problemas muito graves e ainda não conseguiram vender este
ano o seu caju", explicou.
Para Mamadu Iero Djamanca, um
outro problema é que naqueles países não pagam as taxas e impostos para
exportar e os exportadores guineenses não conseguem concorrer, salientando que
os custos portuários também são bastante elevados.
"Viemos discutir um
meio-termo, um ponto de equilíbrio e vamos fazer o nosso trabalho de
casa", disse.
Diário de Notícias
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