Detido no final da tarde de
quarta – feira pela Polícia Judiciária, o ex-ministro das Finanças Américo
Ramos(na foto), foi ouvido na quinta feira pelo juiz de instrução do Tribunal
da Primeira Instância.
Após análise do processo, o Juiz
ordenou que o arguido fosse conduzido a cadeia central, em regime de prisão
preventiva. A defesa do arguido disse a imprensa que o seu cliente, está a ser
acusado por crimes que teria cometido durante o exercício das suas funções como
ministro das finanças e da economia azul.
O comunicado do Governo,
divulgado logo após a decisão do juiz em mandar Américo Ramos
para a Cadeia Central, veio elucidar a opinião pública sobre os motivos da
detenção do ex-ministro.
O comunicado diz claramente que
foi o executivo quem moveu uma queixa junto a Polícia Judiciária contra o
ex-ministro das Finanças e Economia Azul. O Governo explica que a queixa
apresentada contra Américo Ramos tem a ver com dois casos de alegada corrupção
financeira, nomeadamente o crédito de 30 milhões de dólares contraído em nome
do Estado são-tomense junto a empresa “China International Fund” e também o
crédito de 17 milhões de dólares que Américo Ramos assinou com o fundo
kwaitiano, cujo valor nunca entrou em São Tomé e Príncipe.
«Desconhecendo até o momento a
utilização desses empréstimos, foi o governo surpreendido com uma carta do
fundo kwaitiano, reclamando o pagamento de juros, por desembolso do empréstimo
já efectuado no valor de 246 mil dólares norte americanos».
O Governo acrescentou ainda que «não
tendo em seu poder qualquer documentação que comprove o paradeiro dos 20
milhões de dólares em falta do empréstimo», contraído com a empresa
“China International Fund”.
E por outro lado «desconhecendo a
quem terá sido pago o montante já desembolsado do empréstimo Kwaitiano, o
actual governo procedeu a uma vasta recolha de informações que o levaram a
concluir estar na presença de indícios bastante fortes que podem constituir
graves crimes económicos previstos e punidos pela nossa legislação penal e
outras legislações de combate à prática de crimes económicos e financeiros».
O Governo diz que com base na lei
apresentou tais denúncias a Polícia Judiciária, que também com base na lei, deu
início às investigações que culminaram com a detenção do ex-ministro das
Finanças e actualmente assessor económico e financeiro do Presidente da
República Evaristo Carvalho.
Abel Veiga | Téla
Nón
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